Imprensa SeebRio – Nesta quinta-feira, dia 23 de julho, os empregados da Caixa Econômica Federal realizam uma nova mobilização contra a ameaça de privatização do banco pelo Governo Bolsonaro.
“A ação #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil movimentará as redes sociais para chamar a atenção da sociedade aos ataques que a Caixa vem sofrendo e contra a retirada de direitos dos seus trabalhadores. Para participar é só usar a hashtag nas publicações no Twitter, Facebook e Instagram”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Rogério Campanate.
Povo não quer privatização
Pesquisa feita pela Veja/FSB, Revista ligada aos interesses dos mercados, no ano passado, mostra que 59% dos brasileiros são contra a venda da Caixa e do Banco do Brasil para o setor privado e 37% aprovam, enquanto 4% não responderam ou não souberam opinar. Com a relevância da Caixa neste momento de crise causada pela pandemia do coronavírus tem crescido ainda mais o entendimento da sociedade para rejeitar a ideia do Ministro da Economia Paulo Guedes de privatizar a empresa.
“A Caixa viabilizou o pagamento do auxílio emergencial para cerca de 65,2 milhões de pessoas e é responsável pela liberação de saques do FGTS para aproximadamente 60 milhões de trabalhadores. Isso sem contar o apoio à economia, com a concessão de empréstimos ao setor produtivo, neste momento crítico pelo qual o país atravessa e a população começa a perceber a importância destas instituições públicas para o povo”, acrescenta Campanate.
O objetivo da campanha da categoria é o de ganhar ainda mais apoio da sociedade na defesa dos bancos públicos.
Apesar dos números da pesquisa, a direção do banco e o governo vêm reforçando publicamente, que os planos de privatização da Caixa seguem firmes e fortes: encolhimento da função social, fatiamento por meio da venda das áreas mais rentáveis e estratégicas do banco, cobrança de metas abusivas e pressão para o retorno ao trabalho em meio à pandemia do coronavírus são alguns dos motivos que levam os trabalhadores a denunciar os ataques ao banco e a precarização das condições de trabalho.
“É fundamental alertar a sociedade brasileira sobre a importância da CAIXA para o Brasil e os brasileiros. Com sua privatização, o País perderá em investimentos em políticas públicas como saneamento básico, habitação, educação, saúde e segurança”, destaca o sindicalista.
Fatia lucrativa
Como sempre acontece nos processos de privatizações, o setor privado quer a parte lucrativa das empresas públicas e nenhum compromisso social ou com o desenvolvimento econômico do país. Para se ter uma ideia, somente nos três primeiros meses de 2020, as Loterias da Caixa, que estão na mira da agenda privatista, arrecadaram R$ 4 bilhões. Desse total, cerca de R$ 1,5 bilhão foram transferidos aos programas sociais do governo federal nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde, correspondendo a um repasse de 37,2% do total arrecadado.
Os bancários defendem o fortalecimento da Caixa para ajudar o Brasil a sair da crise após a pandemia, com mais investimentos públicos para gerar emprego e renda e respeito aos direitos dos empregados, com garantia de condições dignas de trabalho.
“Mobilize colegas, familiares e amigos para participarem, nesta quinta (23/07) da ação digital em defesa da CAIXA. Use a hashtag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil”, conclui