PCAC: FUP convoca Conselho Consultivo para intensificar mobilização

A FUP e os sindicatos distribuirão uma carta pública direcionada ao presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, cobrando que o PCAC seja pauta da reunião da Diretoria Executiva, marcada para quinta-feira (19). Dia 20, reuniremos o Conselho Consultivo para apontar os encaminhamentos e preparar novas mobilizações

Não teve avanços a reunião desta sexta-feira (12) com a Petrobrás para discutir o novo plano de cargos e salários e tratar de outras questões relacionadas ao acompanhamento do Acordo Coletivo. Uma reunião vazia e inócua que não contou sequer com a participação do gerente de RH. Um tremendo desrespeito com a categoria,  que no último dia 10 mostrou a sua disposição de luta para fazer valer os nossos direitos. De norte a sul, os petroleiros se mobilizaram, realizando atrasos no início do expediente.
O novo PCAC não é um favor da empresa. É uma importante conquista dos petroleiros, que consta no Acordo Coletivo de 2005, onde a Petrobrás se comprometeu a implementar o plano em maio de 2006. Esse prazo já foi prorrogado pela empresa para janeiro de 2007,  mas até hoje o novo plano de cargos e salários não foi sequer apresentado na íntegra ao movimento sindical.
A FUP e seus sindicatos distribuirão esta semana aos trabalhadores uma Carta Aberta ao Presidente Gabrielli, cobrando a inclusão do novo PCAC na pauta da renião da Diretoria Executiva que acontecerá na quinta-feira, 19. A categoria deve participar das setoriais realizadas pelos sindicatos e panfletar o documento, cobrando a resposta da Petrobrás. Na sexta, dia 20, a FUP realizará um Conselho Consultivo para avaliar os desdobramentos da reunião da DE e, conseqüentemente, os próximos encaminhamentos, inclusive a intensificação da mobilização.
 Os petroleiros querem que a Petrobrás apresente imediatamente a proposta para o novo PCAC. A negociação com a empresa está emperrada porque a FUP e os sindicatos até hoje não conhecem na íntegra a proposta do novo plano. As dificuldades de interlocução com a Petrobrás em relação a esta questão revela de forma explícita a disputa ideológica que existe em torno do PCAC. 
O novo plano de cargos e salários não é um pleito meramente econômico. É através dele que poderemos avançar para acabar com as discriminações e privilégios, heranças de uma política de gestão que no passado recente tentou minar o espírito coletivo da nossa categoria. O novo PCAC tem que fazer uma ruptura clara neste sentido. Depende da nossa força e mobilização garantir que isso aconteça.

Eleições na Petros: Últimas semanas para elegermos nossos representantes

Os petroleiros têm até o dia 25 para escolher os novos representantes da categoria nos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. São nestes conselhos que são definidas as políticas de administração, investimento e fiscalização dos recursos do nosso fundo de pensão. Esta eleição, portanto, é fundamental para garantirmos a participação dos trabalhadores na gestão da Petros. 
É essencial a participação de todos para que possamos eleger candidatos comprometidos com as lutas e as reivindicações históricas da nossa categoria. Portanto, não deixe que escolham por você. Participe e garanta o seu voto. Você pode votar pela internet, por telefone ou através da cédula impressa postada nos Correios. Se você ainda não recebeu em casa o Kit de votação ou perdeu a senha individual, entre imediatamente em contato com a Petros pelo 0800 560055 ou pelo ramal interno da Petrobrás que dá acesso à rota da Fundação: 8118700. 
A senha individual é obrigatória para a votação, independentemente do meio escolhido pelo eleitor. Participe, votando nos candidatos apoiados pela FUP e CUT (veja quadro ao lado).

Vote nos candidatos da FUP para garantir nossas conquistas e novos avanços

Para Conselho Deliberativo, vote 12 ou 14. A FUP e os sindicatos orientam a ativa a votar na dupla 12 – Moraes e  Wallace Byll – e os aposentados e pensionistas a votarem na dupla 14 – Gauchinho e Chicão Ramos
Para Conselho Fiscal, votem todos (participantes e assistidos) na dupla 32 – Carlos Cotia e José Domingos.  
Vote apenas em uma única dupla para cada Conselho. Se marcar mais de uma opção, anulará o voto.

Lula: “Queremos fazer da Petrobrás não uma empresa lucrativa, mas uma empresa cidadã”

A frase acima dita pelo presidente Lula no último dia 11, durante a solenidade de assinatura dos contratos para construção no Brasil de mais nove navios da Transpetro, causou reboliço no mercado. Não poderia ser diferente, afinal o mercado prega exatamente o contrário: a Petrobras deve gerar cada vez mais lucro… para eles. 
A Petrobrás cidadã que o presidente Lula e os trabalhadores defendem é a Petrobrás que gera empregos, desenvolvimento e riqueza para o Brasil. E nada mais “lucrativo” para o nosso país do que uma Petrobrás cidadã, que investe seus resultados bilionários em prol da população. 
É esse o grande divisor de águas entre a nossa Petrobrás (com acento) e a Petrobras do mercado (sem acento e que quase virou Petrobrax). A nossa Petrobrás é a empresa pública, que gera “lucros” para todos, não apenas para um grupo privilegiado de acionistas e investidores. A Petrobras do mercado é aquela que aplaudiu o fim do monopólio; afundou a P-36, matou trabalhadores e provocou os maiores desastres ecológicos que o país já viu;  retalhou a  companhia através da Transpetro e da Refap SA; puniu e perseguiu trabalhadores, investindo em uma política de RH autoritária e discriminatória, entre tantas outras mazelas que ainda hoje encontram eco em parte significativa do corpo gerencial da companhia. 
Quando o presidente da República defende publicamente, em uma solenidade repleta de representantes do mercado, que a Petrobrás tem que seguir as políticas de desenvolvimento do governo para depois pensar no lucro, ele traz à tona a necessidade de um amplo debate sobre o papel da Petrobrás na economia do país. 
Uma discussão fundamental e urgente nesses momento em que o Congresso Nacional discute uma nova legislação para o setor com cunho privatista, a chamada Lei do Gás. A FUP participará de audiência pública em Brasília no próximo dia 24 para apontar os prejuízos que esta lei poderá causar ao país. Vamos juntos dizer não à Petrobras do mercado!

Nossa Petrobrás é com acento agudo, sim!

Alguns petroleiros ainda questionam a FUP e os sindicatos por grafarem em seus boletins e documentos Petrobrás com acento. Este é um debate que merece novamente estar em pauta na nossa categoria. Um simples acento ou um erro de grafia como alguns acreditam tem na verdade um cunho essencialmente ideológico. A FUP voltou a acentuar Petrobrás em fevereiro de 2002, após decisão conjunta com todos os sindicatos de petroleiros.
Para quem não sabe ou não se lembra, Petrobrás era acentuada até o início da década de 90. Em 1994, a logomarca foi modificada e a palavra Petrobrás perdeu o acento agudo no brás. A decisão, que contrariou todas as regras ortográficas do português, não foi aleatória. O neoliberalismo impôs ao longo de toda a década de 90 a abertura e intenacionalização da Petrobrás. E na língua inglesa, não existe acento. 
Em dezembro de 2000, o então presidente da Petrobrás, Henri Reichstul, tentou alterar o nome da empresa para Petrobrax, alegando dificuldades de compreensão por parte dos estrangeiros. Um dos absurdos comentados por Reichstul na época foi que bras lá fora tinha duplo sentido, pois quer dizer sutiãs em inglês! 
Ao pé da letra, Petrobrás não é sigla e sim um siglema, por ser formado pelas sílabas iniciais de Petróleo Brasileiro e não pelas letras – PB. Portanto, um siglema é uma palavra e como tal deve seguir as normas cultas do português. Petrobrás é oxítona terminada em as, logo deve ser acentuada. Assim como Eletrobrás e Radiobrás, ou ainda Nestlé, que, apesar de ser uma marca internacional, não perdeu a identidade da língua.

Fique de Olho

MST faz protestos em seis estados por Reforma Agrária

O MST reiniciou na última protestos, marchas e ocupações de terra em vários estados do país em defesa da Reforma Agrária. As manifestações estão ocorrendo no Rio Grande do Sul, Maranhão, Bahia, Permambuco, Piauí e São Paulo. O principal eixo é a luta contra a impunidade dos policiais e mandantes responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, no Pará, ocorrido em 17 de abril de 1996. Dezenove trabalhadores sem terra foram assassinados e outras dezenas feridos durante a ação violenta da polícia, que tinha por objetivo executar os manifestantes. Passados onze anos do massacre, nenhum responsável foi  condenado pela justiça e continuam soltos. Para resolver a a  dipusta por terras no Brasil, o MST defende uma reforma agrária com geração de empregos e condições de produção dos alimentos. A FUP apóia a luta dos companheiros do  MST.

Emenda 3: Mobilização pelo veto continua

As manifestações que sacudiram o país no último dia 10 contra a tentativa de derrubada do veto presidencial à Emenda 3 serviram de advertência para os empresários e parlamentares. Os trabalhadores não permitirão a derrubada do veto e, se necessário for, farão uma greve geral contra as atrocidades da Emenda 3.  A mobilização da CUT começa a surtir efeito. No último dia 12 , foi iniciada uma agenda de reuniões com o governo, empresários e o Congresso Nacional para impedir a derrubada do veto. O próximo encontro será no dia 23, quando a CUT e demais centrais deverão apresentar ao ministro  Guido Mantega uma proposta com alternativas de regulamentação d a pessoa jurídica, sem prejuízos ao trabalhador. A CUT deixou claro que os fiscais do MTE e da Fazenda não podem, em hipótese alguma, ser cerceados  em suas funções.