PCAC: Petroleiros aprovam greve de cinco dias em julho. FUP e Sindicatos preparam seminário de qualificação

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De norte a sul do país, os trabalhadores do Sistema Petrobrás aprovaram com cerca de 80% de aceitação o indicativo da FUP de greve de cinco dias em julho, com parada de produção. As assembléias foram concluídas em 11 dos 12 sindicatos da Federação. Em Minas Gerais, a última assembléia será amanhã (29), às 7h30, com o grupo 5 do turno da Regap. O resultado, no entanto, não altera o quadro geral das demais assembléias em Minas, onde os trabalhadores aprovaram amplamente o indicativo de greve.

 

A FUP e seus Sindicatos filiados realizarão no próximo dia 04 um Seminário Nacional de Qualificação de Greve para discutir a parada de produção nas diferentes unidades da Petrobrás: refinarias, terminais, plataformas marítimas e áreas terrestres de produção de petróleo. O indicativo aprovado pelos trabalhadores é de greve nacional de cinco dias em julho, com parada de produção, para arrancar da direção da Petrobrás uma proposta de plano de cargos e carreiras que contemple as principais reivindicações da categoria. A greve dos petroleiros poderá ser convocada a qualquer momento a partir do dia 05 de julho. O calendário será ainda definido pela direção da FUP.

 

Por um plano de cargos com critérios democráticos e transparentes

 

Ao longo dos últimos três anos, a FUP e seus sindicatos filiados discutiram exaustivamente com a Petrobrás propostas para construção de um novo plano de cargos e carreiras (PCAC) que atenda os pleitos da categoria petroleira. A empresa, no entanto, não avançou como deveria. Deixou sem resposta várias reivindicações dos trabalhadores e retrocedeu em alguns pontos que haviam sido discutidos coletivamente, como a estruturação das carreiras.

O resultado das assembléias em todo o país confirma a disposição de luta da categoria petroleira para construir uma greve forte e unitária de norte a sul. Este é o caminho apontado pelos petroleiros para fazer a direção da Petrobrás avançar em relação a um plano de cargos e carreiras que garanta mobilidade para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás, alternando critérios de merecimento com antiguidade.

É através da greve que a categoria buscará a reparação dos erros de gestões passadas da Petrobrás, que impediram milhares de petroleiros de ascender profissionalmente, no mesmo ritmo dos demais trabalhadores da companhia. Além disso, o novo plano deve ser abrangente a todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás (holding e subsidiárias), ser retroativo a maio de 2006, contribuir para a primeirização das atividades fins e impedir a multifuncionalidade.