PCH-1: Prioridade da empresa é punir ao invés de salvar vidas

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Em matéria veiculado hoje no site do Sindipetro-NF foi divulgado que o funcionário da empresa Integrar, de 43 anos, havia sofrido um enfartado às 07h30, à bordo da plataforma PCH-1, na Bacia de Campos. A informação foi repassada pela própria categoria, mas a empresa está contestando dizendo “desconfiar de uma crise de ansiedade”. Segundo a Petrobrás “o empregado desmaiou enquanto estava retirando uma Permissão para Trabalho (PT).

Para o sindicato, independente do problema de saúde do trabalhador, a gestão do SMS errou ao não solicitar o desembarque imediato, pois uma vida pode ser salva dependendo da agilidade do atendimento. A gestão da empresa tem pressa na hora de punir trabalhadores e trabalhadoras de PCH-1 por fazer uma manifestação legal chamada pelo sindicato, então não pode errar de maneira alguma na hora de salvar vidas.

“A empresa tem que entender que saúde do trabalhador não é mercadoria. Uma plataforma que joga dinheiro fora como foi Cherne no Revamp não pode nem pensar duas vezes em conseguir um desembarque de emergência”- afirma o diretor do NF, Tadeu Porto.

Segundo a Petrobrás, o trabalhador foi levado para atendimento médico na unidade São João da Barra, um Flotel. Seus sinais vitais foram regularizados e ele está estabilizado, aguardando desembarque.

O Departamento de Saúde do Sindipetro-NF acompanha o caso e lembra que tem sido frequentes os casos de ataques cardíacos e outros tipos de mal súbito nos locais de trabalho e isso pode ser um alerta para a categoria. No último dia 22, um trabalhador morreu à bordo da P-43 após passar mal — nesta unidade não havia médico para fazer o atendimento de emergência.

Na visão do NF, a empresa tenta a todo instande minimizar episódios graves principalmente em PCH-1, um exemplo foi o último vazamento de óleo no mar.”A última vez que a gerência de SMS nos comunicou algo em PCH-1 foi quando disseram que tinha vazado “20 litros” de óleo do mar, quando, na verdade, eu mesmo acompanhei a bordo que o acidente esvaziou todo o separador de produção. Esperamos que dessa vez não tenha ocorrido o mesmo erro, afinal, confundir infarto com crise de ansiedade pode custar a vida de alguém” – alerta Porto.