26/7/2011 – 19:54
Última atualização: 26/07/11 às 19h45
Confira abaixo perguntas e respostas frequentes sobre as assembleias e a mobilização da próxima quarta, 27. Com tantas especificidades presentes em áreas operacionais de mais de 40 plataformas e em Cabiúnas, é natural que, em momentos de mobilização, ocorram dúvidas sobre os procedimentos indicados pelo o sindicato. Veja o que já foi perguntado.
Envie outras dúvidas para [email protected]. Até a mobilização, esta página será atualizada sempre que chegarem novas perguntas.
Perguntas da categoria e respostas do Sindipetro-NF
1- No indicativo da paralisação do dia 27 no site do Sindipetro-NF não contempla relação com treinamentos e cursos não previstos. Já ocorreu em outra paralisação do GEPLAT da unidade aproveitar o movimento para encaminhar o pessoal à bordo em treinamentos. Há alguma orientação quanto a este assunto e é possível publicar no site?
Na mobilização do dia 27 é para realizar somente as atividades relacionadas à segurança e habitabilidade da unidade que impactem nas 24 horas do movimento. Lembrando que não há, ainda, indicativo de parada de produção. O agendamento de atividades para aproveitar-se da mobilização é comum e não deve ser acatada.
2- No indicativo da paralisação é comentado que não haverá parada de produção. No caso de queda de produção numa possível situação de shutdown, quais trabalhos não deverão ser feitos para a retomada do processo? Apenas a manutenção será recomendada a não realizar serviços extras?
Todos os trabalhadores, independentemente de cargos, devem adotar o seguinte critério para realizar ou não atividades: impacta na segurança e habitabilidade das 24 horas do movimento? Se a resposta for positiva tem que ser realizada e se for negativa não tem que ser realizada.
3- Existem informações desencontradas quando procuramos um valor de PLR, no site da empresa diz que o aumento de PLR em relação ao ano passado foi de 17%, já encontramos em outros sindicatos, 14%, 19,5%… Nunca comentam em valores líquidos. Enfim, há um valor minímo já comentado pela categoria e pelo sindicato para aceitação? Que valor seria este? 50.000 R$, 30.000 R$, 25.000 R$?
O valor provisionado de PLR 2010 em relação a 2009 cresceu 12,44 % de 1,27 bi para 1,428 bi. Em relação aos dividendos dos acionistas, a PLR 2009 significou 15,22% e o provisionado na PLR 2010 é 12,18 %. Já a variação do lucro líquido da Petrobras foi 16,95% maior. Não há valor decidido coletivamente pelos trabalhadores para aceitação. O valor é anualmente arrancado pelos trabalhadores através de negociações e mobilização. Para acabar com isso é que a FUP pediu ao Dieese uma proposta de regramento que foi aprovada nacionalmente (no Norte Fluminense com 87% de aprovação). Entendemos que o melhor para o trabalhador é uma PLR com regra clara e sem privilégios. Esses são dois importantes objetivos desta campanha de PLR.
4- Como o sindicato vai negociar este não pagamento do surbônus aos componentes da chefia? Vai propor algum documento formal para assinatura da empresa?
A FUP está exigindo que a Petrobras assuma o compromisso formal (não há um documento previamente formulado) de não distribuir valores com qualquer nomenclatura para supervisores, coordenadores, gerentes e consultores depois do fechamento da PLR.
5- O que será recomendado ao petroleiro no momento de embarque no dia da paralisação? A empresa vem utilizando de termos de compromisso de não-greve para assinatura no momento do embarque, se recusamos a assinar, não embarcamos. Haverá representantes do sindicato nos aeroportos no dia da paralisação?
Assinar que não vai fazer greve seria abrir mão de um direito legal. O sindicato recomenda que não assinem, preferencialmente de forma coletiva. A atitude da empresa é ilegal, deve ser denunciada se possível com gravação da conversa e o nome da pessoa que ofereceu o documento. E, sim, os diretores programaram a presença nos aeroportos nas trocas de turma.
6- Como procedo com a assembléia a bordo? Geralmente nas reuniões semanais que fazemos, informo ao GEPLAT sobre a reunião, não recolhemos assinaturas e informo via e-mail para todos os companheiros o desfecho dado. Especificamente nesta assembléia de sexta-feira, recolho assinaturas? Envio fax para o sindicato? Há algum formulário formal de preenchimento? Informo ao GEPLAT no fim da assembléia a aceitação ou não da paralisação?
Procedam conforme é de praxe na unidade. A informação anterior ao Geplat não deve ser feita uma vez que é direito constitucional reunir-se. Como é uma assembléia, torna-se importante recolher assinaturas e preparar uma ata. Para informar ao sindicato pode-se utilizar de email com digitalização da ata para [email protected] ou fax para 22 27659550 . A ata de assembléia é um documento bem simples que relata dia, hora, local, número de presentes, assuntos tratados e os resultados das votações dos indicativos, não é necessário preencher um formulário formal. Também não devem entregar a ata ou informar o resultado ao Geplat. Cabe ao sindicato a divulgação das atas e resultados recebidos e a empresa tomará ciência dessa forma.
7- O que é recomendado no caso de assédio à categoria?
Denunciar o fato ao sindicato informando as circunstâncias, o nome e cargo da pessoa.
8 – Qual a orientação para os operadores das Salas de Controle Remotas
de como poderão interagir nesta mobilização?
Repetimos que todos os trabalhadores, independentemente de cargos, devem adotar o seguinte critério para realizar ou não atividades: impacta na segurança e habitabilidade das 24 horas do movimento? Se a resposta for positiva tem que ser realizada e se for negativa não tem que ser realizada. No caso das salas de controle os operadores devem usar este mesmo critério para realizar atividades. Sempre lembrando que não há, ainda, indicativo de parada de produção.
9 – Gostaríamos de saber se a reunião do dia 26 terá validade como assembléia e será haverá algum tipo de votação envolvida?
Será somente uma reunião de organização do movimento e do ATO. Ela será realizada em um momento em que já terão sido divulgadas as orientações que iremos repassar para a realização do ATO de protesto contra a insegurança que acontecerá 19 horas do dia 27 de julho – Dia de Prevenção de Acidentes.
A idéia é que todas as unidades discutam segurança nesse dia e horário.
10 – Gostaríamos de saber mais detalhes sobre o ato e se a realização está sujeita a algum desdobramento da mobilização do dia 27 ou se seria um movimento à parte?
Os detalhes do ATO contra insegurança do Dia 27 de julho serão divulgadas no boletim Nascente Extra de terça, 26. O ATO não está relacionado com a mobilização pela PLR, será um protesto contra a insegurança na Bacia de Campos.
11 – Porque somente divulgar no dia 26?
Para que a gestão da empresa não tenha tempo de interferir na discussão sobre segurança que vai acontecer no ATO do dia 27.
12 – Queremos saber sobre o planejamento de trabalhos que é feito no dia anterior. Não seria o caso de deixar de fazer esse planejamento no dia anterior à mobilização?
Um dos itens do procedimento para a paralisação divulgado pelo sindicato dá a orientação sobre esse ponto: “Transferir o planejamento da PT’s previstas e suas recomendações adicionais para o fim da mobilização”. Significa que o planejamento do dia anterior é feito normalmente, já que este dia não é de mobilização. Bastando que os trabalhadores, no dia 27, transferiram a execução do planejamento para o dia 28.
13 – Os gerentes costumam tentar dar ocupação aos trabalhadores aproveitando-se do movimento. Como por exemplo: emissão de GIM/FAN, colocação e acompanhamento de poço em teste, atualização de banco de dados, acompanhamento de partida de poços, pedido de materiais faltantes, serviços burocráticos, notas no SAP, treinamentos. Afinal que atividades dessas devem ser realizadas?
Repetimos que todos os trabalhadores, independentemente de cargos, devem adotar o seguinte critério para realizar ou não atividades: impacta na segurança e habitabilidade das 24 horas do movimento? Se a resposta for positiva tem que ser realizada e se for negativa não tem que ser realizada. Essas atividades, salvo entendimento em contrário da categoria , não estão relacionadas com a segurança e habitabilidade das 24 horas do movimento e não devem ser realizadas.