Petrobrás alega não entender determinações do MTE sobre Cipas

Diretores do Sindipetro-NF estiveram ontem (quinta, 12), às 16h, reunidos com o superintendente regional do Trabalho, José Bonifácio, com o gerente de RH Corporativo da Petrobrás, Diego Hernandes, e com representantes de outras gerências da companhia, para discutir as eleições das Cipas nas Plataformas.          

Como divulgado pelo boletim Nascente desta semana, o Ministério do Trabalho determinou que a Petrobrás cancele a eleição em PRA-1, com convocação de novo pleito que preserve as inscrições dos quatro petroleiros que haviam sido cassadas.          

Também foram determinados diferentes procedimentos de revisão no processo para a PCE-1, P-65 e P-48. Todos com o objetivo de respeitar a vontade dos trabalhadores inscritos. A Petrobrás, apesar da clareza das determinações, alegou que não entendeu os encaminhamentos determinados. A empresa afirmou que não ficou demonstrado que deveria realizar eleições respeitando as candidaturas. 

Para o NF, esta é uma forma de tentar ganhar tempo. No caso de PRA-1, por exemplo, o Ministério do Trabalho foi claro em sua anotação no livro de registro: “realizar nova eleição garantindo todas as inscrições, incluindo os citados no processo como tendo sido preteridos”.          

Em relação à PCE-1, o sindicato apresentou cópia de documento protocolado pelo trabalhador, em que ele afirma desejar retornar à unidade e concorrer na eleição conforme manifestado no momento da sua inscrição para cipista daquela plataforma. Diante disso, e respeitando o que foi anotado no livro de registro pelo MTE, as eleições das CIPAS de PCE-1 e de P-65 também ficam canceladas.           

Quanto à P-48, o prazo para demonstrar o que a Petrobras afirma — que “a inscrição se deu após a transferência do trabalhador” — termina hoje.

Diante das “dúvidas” alegadas pela Petrobrás, foi sugerido pelas outras partes (sindicato e MTE) que a empresa provoque o MTE, por meio de documento, para responder às indagações.