Apesar do voto contrário da representante do Conselho Administrativo da Petrobrás, Rosangela Buzanelli, Petrobrás anunciou nesta quinta-feira, 23 de dezembro, a assinatura do contrato de venda do Polo Kiriri para a empresa Carmo Energy S.A., afiliada da Cobra Brasil. A negociação inclui a cessão dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural em 11 campos terrestres, juntamente com as infraestruturas de produção, processamento, escoamento, armazenamento e transporte associadas, no Estado de Sergipe.
O Polo Kiriri contempla as concessões Aguilhada, Angelim, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Ilha Pequena, Castanhal, Mato Grosso, Siririzinho e Riachuelo, entre eles alguns campos gigantes, e o supergigante Carmópolis, que iniciou sua produção em 1963.
[ROSANGELA BUZANELLI] Eu votei contra!
Não pude aprovar mais essa privatização porque ela faz parte de um “Plano Estratégico” que ignora as bases de criação da Petrobrás, virando as costas para seu importantíssimo papel no desenvolvimento regional e nacional. A visão implementada pela gestão da empresa nos últimos anos, e acentuada mais recentemente, tem um foco financista de curto prazo, pautado pelos desinvestimentos e corte de investimentos na busca da maximização dos lucros, através de sua concentração no eixo Rio-São Paulo. Uma visão que apequena a Petrobrás, ameaçando sua sobrevivência a médio e longo prazos e nega seu passado e sua essência de empresa Estatal comprometida com o Brasil e os brasileiros.
A Petrobrás é muito maior do que isso. Ela é do tamanho do Brasil e nele deve permanecer.