Durante as próximas reuniões, na quarta (27) e quinta-feira (28), FUP buscará avanços em pontos que são fundamentais para a categoria, como a isonomia para os trabalhadores das subsidiárias
[Da comunicação da FUP]
A Petrobrás apresentou nesta segunda-feira (25) uma nova proposta para a Participação nos Lucros e Resultados, referente aos exercícios de 2024 e de 2025. Apesar da reunião ter contado com a presença de representantes das empresas do Sistema, não houve posicionamento das subsidiárias, pois irão apresentar suas propostas na próxima quinta (28).
A negociação, portanto, prossegue ao longo da semana, com reunião também na quarta-feira (27), quando a Petrobrás apresentará às entidades sindicais seu outro programa de remuneração variável (PRD/PPP).
A FUP iniciou a reunião desta segunda criticando o anúncio feito pela empresa na semana passada de pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas, na contramão da missão maior da estatal, que é o compromisso com o desenvolvimento nacional. Para as entidades sindicais, isso é um retrocesso que compromete, inclusive, a negociação da PLR. É inadmissível a Petrobrás continuar priorizando o pagamento de dividendos aos acionistas, cujo montante já pago este ano ultrapassou todo o lucro líquido da empresa, enquanto os trabalhadores e as trabalhadoras, que construíram coletivamente essa riqueza, continuam lutando por uma PLR justa.
Nova proposta tem avanços, mas ainda é insuficiente
A nova proposta de PLR da Petrobrás retoma o piso único, sem o limitador que havia sido apresentado anteriormente (subpiso) e com um aumento de 6.6%, em relação à primeira proposta. O acordo proposto pela empresa é de dois anos, com reajuste de 8,33% para o piso da PLR 2025. A empresa também se compromete a negociar o Acordo de PLR 2026/2027 no primeiro trimestre de 2026.
Apesar desses avanços significativos, a nova proposta ainda privilegia os salários mais altos, em detrimento dos trabalhadores que estão no meio da pirâmide, cuja PLR continua sendo de três remunerações, sem perspectivas de melhoria em relação ao exercício de 2025.
Além disso, não houve avanços ainda em relação à principal reivindicação da categoria, que é a garantia da isonomia para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás, inclusive os empregados da Ansa, que têm o direito de receber a PLR de forma proporcional ao tempo de trabalho. Outro ponto cobrado pela FUP é o compromisso da empresa em avançar para que os indicadores da PLR levem em conta todo o Sistema Petrobrás, já que trata-se de uma empresa integrada.
Veja o resumo feito pela diretora da FUP, Cibele Vieira: