Da Imprensa da FUP
A FUP e a Petrobrás voltaram a reunir-se nesta terça-feira, 21, para dar continuidade à negociação salarial, com foco na proposta de reajuste da AMS. A Petrobrás concordou com o pleito da Federação de reduzir de 9,89% para 6,17% o reajuste da tabela do Grande Risco, propondo a criação de um Grupo de Trabalho paritário para discutir as questões estruturais do benefício, com o objetivo de buscar solução conjunta para os problemas de custeio e o restabelecimento da relação 70×30 (conforme estabelecido no ACT), visando sua sustentabilidade no futuro. A proposta é que o grupo tenha três representantes da FUP e três da Petrobrás e seja constituído imediatamente após a assinatura do Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2006/2009 para que possa apresentar em 120 dias as propostas em relação à AMS.
A FUP voltou a ressaltar que os principais problemas da AMS são de gestão e por isso é fundamental garantir a transparência e democratização do gerenciamento do benefício. A Federação vem criticando há muito tempo a terceirização em vários setores administrativos da AMS, assim como o modelo de gestão confuso e ineficiente, em que parte do atendimento e serviço é feito pelo RH e outros, pelo Compartilhado. Além disso, o movimento sindical sempre questionou o tratamento dado pela Petrobrás à saúde dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, cobrando um enfoque mais preventivo.
Indicativos apontados pelo Conselho Deliberativo da FUP
Reunido no último dia 16, o Conselho Deliberativo da FUP apontou a aprovação da proposta econômica conquistada na negociação com a Petrobrás e subsidiárias, com o condicionante de resolver o reajuste da AMS, questão que penalizava, principalmente, os aposentados e pensionistas. Com o fim deste impasse e atendendo à resolução de seu Conselho Deliberativo, a Federação propõe aos sindicatos que realizem assembléias de 23 a 30 de outubro com os seguintes indicativos:
Aceitação da proposta econômica apresentada pela Petrobrás e subsidiárias.
Aprovação de uma contribuição assistencial de 2% para fortalecer a luta por um novo marco regulatório para o pré-sal – 1% para subsidiar as campanhas regionais e 1% para a campanha nacional. A contribuição assistencial de 2% será descontada em quatro parcelas (0,5% por mês).
Proposta econômica vitoriosa
Em resposta à reivindicação da FUP, a Petrobrás apresentou nesta terça-feira, 21, uma quarta proposta econômica, que reajusta em 6,17% a tabela salarial e o Grande Risco da AMS, mantendo em 9,89% o reajuste da RMNR, da Gratificação de Campo Terrestre de Produção e do Adicional do Estado do Amazonas. A proposta conquistada também reajusta em 19,17% o auxílio refeição e prevê o pagamento de um abono equivalente a 100% de uma RMNR, descontando-se o adiantamento feito no acordo da PLR (40% da Remuneração Mínima ou R$ 1.500,00), garantindo, assim, aos trabalhadores um abono de no mínimo 60% de uma RMNR. A Petrobrás também concorda em adiantar a correção do benefício dos aposentados e pensionistas que repactuaram (reajuste da parcela do INSS).
Imprensa do NF – 21/10/2008