Durante a rodada de negociação com a Petrobrás nesta quarta-feira, 18, a empresa condicionou a continuidade da reunião à suspensão da vigília realizada pelos trabalhadores do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, em cumprimento ao calendário de mobilização aprovado pelos sindicatos no Conselho Deliberativo da FUP. A Federação reafirmou que não negocia sob ameaça de punições a trabalhadores. A reunião de negociação foi interrompida e a luta da categoria por avanços no processo de negociação segue adiante, conforme o calendário nacional.
A vigília de 24 horas dos trabalhadores de Cabiúnas integra o movimento nacional de intensificação das mobilizações por avanços no processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho.Também na Repar, no Paraná, os trabalhadores realizaram operações padrões nesta quarta-feira, 18, com atrasos no expediente e boicote aos cursos. Na Bahia, os petroleiros também se mobilizaram, na segunda-feira, 16, com atrasos de quatro horas na Rlam, Fafen, E&P, Biodiesel e unidades administrativas.
No Espírito Santo, na área de produção de Linhares, os trabalhadores terceirizados da Proen estão em greve desde o dia 13 e denunciaram que o preposto da empresa está contratando novos trabalhadores para substituir os grevistas, com a conivência da gerência da Petrobrás.
As mobilizações têm sido intensificadas em todas as bases da FUP, conforme indicativo do Conselho Deliberativo.
A reunião de negociação com a Petrobrás nesta quarta-feira, 18, teve início às 17 horas, com uma hora e meia de atraso. Durante a reunião, a FUP foi informada de que a gerência do Terminal de Cabiúnas estava pressionando e ameaçando punir os trabalhadores em vigília. A Federação solicitou um recesso na reunião, cobrando providências da Petrobrás e da Transpetro, reafirmando que não aceita negociar sob ameaça de punições a trabalhadores. Diante do condicionamento da Petrobrás de suspensão do movimento em Cabiúnas, a reunião foi interrompida.