Petrobrás é fundamental para a retomada do crescimento do país

Primeira Mão – Na reunião de retomada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no último dia 28, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, falou em nome das representações sindicais e cobrou do governo mudanças na política econômica e “uma pauta positiva” que retome “o caminho do desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda, justiça social e geração de emprego”.

Ele ressaltou a importância da retomada dos investimentos da Petrobrás e condenou os ataques que a empresa vem sofrendo:

– Assistimos ao maior ataque contra a Petrobrás desde a sua fundação e esses ataques estão destruindo as empresas que prestam serviço para a companhia e, consequentemente, deixando uma leva enorme de desempregados. A CUT, que sempre lutou contra a corrupção, defende uma investigação profunda, transparente e democrática de todas as denúncias.

O que não aceitamos é que uma investigação cause tamanho prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social, com destruição das empresas e fechamento de postos de trabalho. Que a Justiça puna severamente os executivos que cometeram crimes, mas preserve as empresas e os trabalhadores.

O Conselhão, como é mais conhecido, foi criado em 2003 pelo então presidente Lula, com o objetivo de ser um órgão consultivo do governo federal, mas não se reunia desde junho de 2014. Foi retomado agora, com uma nova composição, que reúne 92 representantes do setor empresarial, sindical e da sociedade civil, entre eles, o coordenador da FUP, José Maria Rangel. “É mais um espaço de interlocução onde teremos a oportunidade de defender saídas  alternativas para a crise que a Petrobrás e a indústria petrolífera estão atravessando, de forma a preservar empregos e investimentos estruturantes”, explica Zé Maria.

A drástica guinada que a estatal sofreu em seu Plano de Negócios, ao reduzir investimentos e colocar à venda ativos estratégicos, está comprometendo não só as conquistas da empresa na última década, como também os indicadores sociais e econômicos do país. Vários especialistas do setor já admitem que não é com essa receita recessiva que a Petrobrás e o Brasil vencerão a crise. No último dia 29, em um seminário realizado pela COPPE, o ex-diretor do E&P, Guilherme Estrella, enfatizou que a estatal “não pode ser governada pelo mercado”. “A dívida da Petrobrás é um problema que não é só da empresa, é do Brasil e do governo brasileiro, pois trata-se de preservar todo o patrimônio que foi construído nos últimos anos”, declarou.