Os diretores do Sindipetro-NF, José Maria Rangel e Vitor Carvalho, participaram hoje, 24, de uma inspeção dos auditores da SRTE na P-31. Segundo os diretores, eles viram um alto grau de corrosão na plataforma , o piso entorno das bombas de serviço gerais está interditado, apenas uma bomba está operando, guarda corpo encontra-se em avançado estado de corrosão e diversas linhas de água, óleo e gás com reparos provisórios, tipo bandagens e braçadeiras. ”Os atuadores de válvulas estão bastante corroídos, se um deles emperrar perde-se o controle do fluxo do óleo do tanque”, comenta José Maria.
Dos 79 itens que a Companhia deveria ter cumprido, conforme a última inspeção realizada na plataforma em abril, falta atender 19. Desses, os diretores do NF consideram graves os problemas encontrados nas talhas para movimentação na praça de máquinas e na casa de bombas, que os auditores solicitaram um parecer técnico para a empresa. E também a Válvula Automática de Dilúvio 21, que libera a passagem de água para combate à incêndio na área P3 (onde ficam os separadores de gás e tanque de óleo), que não está vedando no fechamento .
A diretoria do Sindipetro-NF tem criticado sistematicamente a gestão na Bacia de Campos, que reduziu o efetivo próprio e contratado e deveria ter um programa contínuo de manutenção das unidades.
A Petrobrás foi notificada. Numa reunião que será realizada na próxima quinta, 26, às 14 horas, na sede da SRTE no porto do Rio de Janeiro, a Companhia terá que apresentar seu plano e prazos para reparo da unidade. O NF participará dessa reunião. “Nossa expectativa é que o episódio com a P-33 sirva como um divisor de águas para mudar a realidade na Bacia de Campos” – afirma Zé Maria.