A Petrobras enviou nota à imprensa em que confirmou desembarques em suas unidade marítimas e informou que sempre que um caso suspeito é identificado em unidade offshore são reforçadas as medidas de higienização e distanciamento na unidade e, preventivamente, podem ser realizados testes a bordo.
Para a diretoria do Sindipetro-NF, “Essa resposta deixa evidente a falta de cuidado da empresa com a vida dos seus trabalhadores. Pois se a empresa informa para a imprensa que “preventivamente, podem ser realizados testes a bordo”, por que não o faz?”
O sindicato também questiona porque a empresa deixa a contaminação atingir mais trabalhadores e não age de forma preventiva, como alguém que quer proteger a saúde das pessoas.
Os casos se multiplicam
Nesta sexta, 8 de janeiro, o SindipetroNF recebeu a notícia de mais desembarques de suspeitos e casos positivos a bordo de plataformas. Essa semana informamos que haviam ocorrido desembarques na P-35. Dos 16 trabalhadores desembarcados, o NF tem o resultado de sete pessoas, sendo cinco negativos e dois positivos. Ainda aguarda o resultado de outras nove.
Mais nove pessoas de P-35 aguardam desembarque. Enquanto isso a Petrobrás não toma nenhuma medida preventiva. O que o sindicato observa é que mais e mais trabalhadores são expostos a propagação do vírus.
Essa semana o sindicato noticiou que os trabalhadores de P-61 solicitaram uma nova testagem geral a bordo, devido ao risco dos falsos negativos, evidenciados pela contaminação de cerca de 30% dos trabalhadores da unidade. Hoje, o sindicato foi informado que mais cinco suspeitos desembarcaram, sem que houvesse testagem preventiva a bordo.
Sobre os testes
Por incompetência ou descaso, a Petrobrás deixou o contrato de testagem pelo RT-PCR vencer. Como quebra galho está utilizando a testagem por antígeno.
“Provavelmente a empresa vai responder que o teste de antígeno é eficiente. O que não é mentira! Mas certamente ela vai esconder que a testagem positiva por esse método, deve ser confirmada por RT-PCR. Que é o padrão reconhecido para diagnóstico da COVID-19. Possivelmente também não irá mencionar que ela está buscando um novo contrato para a testagem por RT-PCR que deve entrar em operação daqui a três semanas” – comenta o diretor do Departamento de Saúde do Sindicato, Alexandre Vieira.
São muitos os questionamentos que o Sindipetro-NF faz à empresa, sem receber uma resposta à altura. Entre eles sobre o atendimento médico dos contaminados nos hotéis e a não emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), apesar das recomendações do Ministério Público do Trabalho e a decisão favorável do Supremo.