Petrobrás minimiza transtornos sanitários em P-54 e culpa trabalhadores

O Sindipetro-NF recebeu, hoje, resposta da Petrobrás sobre as cobranças feitas pela entidade pela resolução dos problemas com os sanitários da plataforma P-54 (aqui). De acordo com a empresa, houve “perda do vácuo em alguns sanitários do casario (módulo N2), devido ao uso inadequado. Alguns pontos do módulo N2, e a totalidade de sanitários do módulo de casario N3, permaneceram disponíveis”.
A gestão da companhia afirma ainda que foi feita uma “desmontagem de trechos para desobstrução de diversos pontos do circuito” e que procura a “sensibilização da força de trabalho” para evitar novas ocorrências semelhantes.

O sindicato reafirma a gravidade do caso, confiando nos relatos que recebeu dos trabalhadores, e lamenta — embora não de modo surpreso — que a empresa tente culpabilizar as vítimas pelos transtornos que demoraram pelo menos cinco dias para ser solucionados.

A entidade também estimula uma atuação mais intensa da Cipa da unidade nestes casos, com a convocação de reunião extraordinária e registro em ata das ocorrências e das providências necessárias. A comissão pode atuar por iniciativa própria ou a partir de denúncia dos trabalhadores, que podem até mesmo ser anônimas.

Os riscos sanitários a que foram expostos os trabalhadores também devem ser anotados no PPRA (Programa de Prevenção a Riscos Ambientais) e no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), especialmente neste momento de pandemia. A anotação desses riscos contribuem, por exemplo, para descrever os EPIs necessários — sendo a checagem uma atribuição da Cipa.

O sindicato orienta que os trabalhadores verifiquem se essas anotações foram feitas e mantenham a entidade informada sobre as condições de trabalho, pelo e-mail [email protected].