Petrobrás responde sindicato sobre questionamento a respeito da segurança de voo na Bacia de Campos

O Sindipetro-NF recebeu no dia 25 de março uma resposta da gerência da Petrobras ao ofício enviado no dia 23 de março, onde solicitava informações sobre as condições de voo das aeronaves que atendem aos embarques e desembarques na região. A motivação dos questionamentos foi o acidente com um helicóptero, no último dia 16, na Bahia, que aumentou a sensação de insegurança entre os trabalhadores.

O documento do NF solicitava que fossem dados esclarecimentos sobre as ações desencadeadas após o acidente na Bahia; esclarecidas, ainda mudanças nas Normas da Marinha do Brasil ou outras que estejam impactando os pousos nas unidades marítimas; e, por fim, que os esclarecimentos sejam dados preferencialmente por contato direto, telefônico ou reunião virtual, do responsável pela área.

A Petrobrás informou que “tão logo foi comunicada do acidente, providenciou a antecipação das suas auditorias
mensais nas aeronaves de mesmo modelo em operação na sua frota contratada, não sendo constatado qualquer indício de problema na manutenção, inclusive nos registros da aeronave acidentada. não sendo constatado qualquer indício de problema na manutenção, inclusive nos registros da aeronave acidentada”. Também afirmou estar  dando suporte técnico à Comissão Interna que está investigando o acidente, assim como ao CENIPA no atendimento de suas demandas.

Sobre as alterações na redação de requisito da NORMAM-27, a Petrobrás informou que a sua revisão 4 promoveu alteração na redação do requisito 0404, alínea f, introduzindo uma proibição com relação ao deslocamento de aeronaves pelo chamado SOAL (Setor de Obstáculos com Alturas Limitadas) do helideque. No entanto, à interpretação de algumas empresas aéreas, os limites geométricos desse setor não estão claramente definidos, o que suscitou a adoção de restrições para seus procedimentos de pouso diante de certas condições de vento, sobretudo quando esse sopra de popa para proa em uma embarcação.

Essa condição de vento tem predominado na Bacia de Campos nas últimas semanas, o que tem levado algumas tripulações a abortar preventivamente o pouso em certas unidades marítimas, retornando ao continente. Promovemos uma reunião com a Marinha e as empresas aéreas para esclarecimentos e a situação encontra-se sob análise da autoridade marítima, que vai recebeu sugestões sobre o requisito até sexta-feira 25 de março, para depois emitir a partir de então, uma correção no documento.

A Petrobras encaminhou à autoridade marítima proposta de revisão que reduza a chance de interpretações sobre essa questão, validada em reunião do Comitê de Operações Aeronáuticas, realizada na quarta-feira 23 de março, com a presença de todas as empresas aéreas sob contrato.