Rosely Rocha / Da comunicação da CUT – A Petrobrás pagará entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão para convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em que os seus acionistas confirmarão, ou não, o nome de Caio Paes de Andrade, o 4º indicado por Jair Bolsonaro (PL) para o cargo de presidente da estatal. Na assembleia, os acionistas também deverão analisar os nomes de mais sete novos conselheiros, todos indicados pelo governo.
Esta é a segunda vez que a Petrobrás convoca uma assembleia extraordinária sob o governo de Bolsonaro para troca de presidente. Se o custo da nova assembleia for o mesmo da troca de Castelo Branco por Luna e Silva, em 2021, a estatal deve gastar em torno de R$ 3 milhões só para atender os caprichos do Bolsonaro que a todo custo não quer assumir a responsabilidade pelo alto preço dos combustíveis, como se o problema não fosse a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que ele poderia acabar com uma “canetada”.
A informação do custo de convocação da assembleia extraordinária foi dada pela colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bergamo, que disse ter confirmado o valor junto a integrantes do conselho da estatal, por fontes da diretoria da companhia. Normalmente as assembleias ordinárias já estão com seus custos embutidos no orçamento da Petrobrás, já extraordinárias tem um custo extra por não estarem previstas em orçamento.
A dança das cadeiras na Petrobrás
Desde que assumiu o governo federal, Jair Bolsonaro trocou quatro vezes o comando da Petrobrás. O primeiro a assumir foi Roberto Castelo Branco que ficou no cargo de 3 de janeiro de 2019 a 13 de abril de 2021. Ele foi substituído pelo general Silva e Luna, que ficou apenas um ano no cargo, de 16 de abril de 2021 a 13 de abril deste ano. Foi nesta troca de comando que houve uma Assembleia Geral Extraordinária para que Luna e Silva assumisse.
O atual presidente José Mauro Ferreira Coelho com apenas 40 dias no cargo foi defenestrado por Bolsonaro que indicou Caio Paes de Andrade para o comando da empresa.