Nesta quinta-feira, 24, a diretoria do Sindipetro-NF encontrou diversos trabalhadores, que estavam no aeroporto de Farol, utilizando máscaras PFF2 com válvulas, que foram distribuídas pela Petrobrás. Esse cenário mostra que mais uma vez a Petrobrás age na contramão do cuidado com a saúde do trabalhador distribuindo máscaras, que não atendem as normas da Anvisa.
Desde o dia 25 de março, passou a não será permitido o uso de máscara N95 ou PFF2 com válvula de expiração, em aeroportos e aeronaves durante a pandemia. A regra foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da resolução nº 477 de 11 de março de 2021, que faz alterações na resolução n° 456 de 2020.
Segundo especialistas, esse tipo de máscara protege o próprio usuário, mas não as outras pessoas. O equipamento filtra as partículas do ar externo quando a pessoa inspira, mas permite que as partículas escapem pela válvula quando ela expira. Ou seja, se a pessoa que usa a máscara estiver infectada, pode expelir gotículas com o vírus ao expirar, colocando quem estiver perto em risco.
A diretoria do Sindipetro-NF, assim como já vem fazendo, disponibilizou as máscaras no modelo adequado para que os trabalhadores pudessem embarcar com segurança em seus vôos.
O Sindipetro-NF também entrou em contato com a Petrobrás para cobrar explicações e a empresa alegou que esse modelo de máscara não estaria no contrato. Mas, vale ressaltar que cabe a empresa fiscalizar esse procedimento.
O sindicato ressalta que os trabalhadores podem e devem denunciar qualquer irregularidade praticada pela empresa, que os exponha ao risco de contaminação pela Covid-19.