Petroleiros apontaram o caminho: luta e resistência

Imprensa FUP – A greve que os petroleiros realizaram em fevereiro de 2020 despertou um movimento de solidariedade em todo o país e também fora do Brasil, com apoio de centrais e confederações sindicais, inclusive internacionais; intelectuais estrangeiros, como o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos; entidades da sociedade civil, juristas, partidos políticos das mais diversas matizes no campo progressista, estudantes, trabalhadores de várias categorias, movimentos sociais e organizações populares. Diversas manifestações públicas foram realizadas pelo país afora, em defesa da luta dos petroleiros.

“Para além da campanha de desinformação, fake news e mentiras propagadas para defender a política de privatização e entrega do patrimônio nacional pelo atual governo e seus apoiadores na grande imprensa, nos tribunais e no sistema político, a greve nacional dos petroleiros é um marco na nossa história, é uma greve a favor do Brasil e dos brasileiros. E será o caminhar dos acontecimentos relacionados à greve dos petroleiros que nos mostrará os caminhos de luta para garantir os nossos direitos e o nosso futuro enquanto país livre e soberano”, declarou o professor de direito da USP, Gilberto Bercovici, em artigo publicado durante a greve.

“Hoje os petroleiros estão no meio de um processo nacional. A greve dos petroleiros é a primeira grande vitória da classe trabalhadora desde 2016. Vocês conseguiram quebrar um pedaço do casco desse navio fascista, ditatorial, que se implantou no Brasil, abrindo uma brecha para conquistas futuras”, afirmou na época Frei Sergio Gōrgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e autor do livro ‘Nas trincheiras da Resistência Camponesa’.

“Essa luta dos petroleiros é muito maior do que propriamente uma luta dos petroleiros. Ela é uma síntese da aspiração de todo o povo brasileiro, porque os petroleiros estão defendendo a soberania nacional, estão defendendo uma empresa que é estratégica para o desenvolvimento do Brasil e tem sido demolida a interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos, é uma luta para que o nível de desemprego não aumente”, destacou Francisco Celso Calmon, coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo.