Esta semana, os sindicatos concluíram as assembléias para avaliação da proposta de regramento da PLR. Em todos os sindicatos da FUP os trabalhadores aprovaram o acordo, que obteve mais de 75% de aceitação na grande maioria das bases. Nesta sexta-feira, 28, o acordo foi assinado pelo Sindipetro-CE/PI, consolidando o fechamento da campanha vitoriosa conduzida pela FUP.
Os divisionistas, como já era esperado, indicaram a rejeição da proposta e foram categoricamente atropelados nas assembléias, apesar de todas as manobras para induzir a categoria a rejeitar o acordo de regramento. Chegaram ao absurdo de cobrarem oficialmente da Petrobrás que não aplicasse as novas regras para a PLR 2013, mesmo sabendo que isso significaria prejuízos financeiros aos trabalhadores. Sem discurso, ação sindical e nem mesmo unidade entre eles, os divisionistas bateram cabeça: uns defenderam veementemente a rejeição do acordo, outros sequer argumentaram nas assembléias e aqueles que posam de mais radicais, propuseram uma aliança com a justiça burguesa.
O episódio mais lamentável ocorreu no Sindipetro Pará, cuja direção é dominada há décadas pelo PSTU. Para convencer as assembleias a rejeitarem o regramento, o coordenador do sindicato prometeu cobrar na justiça que a Petrobrás estenda para os trabalhadores de sua base todos os benefícios do acordo que aumentou em 36% o piso da PLR 2013. Ou seja, os divisionistas indicaram a rejeição do acordo para depois recorrerem à justiça burguesa pela extensão desse mesmo acordo.
É a total desmoralização do sindicato! Os dirigentes do PSTU foram ridicularizados pelos trabalhadores e passaram a ser chamados de TSTU. Que tipo de liderança sindical age dessa forma, deixando os trabalhadores completamente à deriva e reféns de suas atrapalhadas políticas? A resposta está na última edição do boletim do Sindipetro Pará, cuja direção convoca os trabalhadores para uma nova assembleia, desta vez para “reavaliar a rejeição” da proposta de regramento da PLR:
“Lastimavelmente, o cenário nacional não nos é favorável, pois de maneira asquerosa a federação pelega orquestou um terrível ataque junto com a direção da Petrobrás contra os petroleiros, aprovando e assinando o acordo e desmobilizando importantes bases da FNP que tiveram assembléias favoráveis à proposta”.
É assim que agem os divisionistas, sem qualquer tipo de protagonismo ou ação sindical. Orbitam em torno de disputas e picuinhas e nada fazem em prol do trabalhador. Definitivamente, não é esse o papel de uma liderança e muito menos de um sindicato classista.