Na manhã desta quarta, 15, diretores do Sindipetro-NF realizaram uma mobilização nos portões da Baker/BJ localizada no Lagomar. Carros do sindicato e faixas foram posicionados na empresa por mais de duas horas. Cerca de 200 petroleiros participaram da atividade que exige a reposição da inflação do período. Essa decisão de intensificar as mobilizações na porta da empresa foi deliberada em assembleia da categoria. Segundo o diretor do Sindipetro-NF, Leonardo Ferreira, a gestão da empresa está agindo de má-fé e desrespeitando a categoria, ao insistir em não avançar na reposição da inflação de Maio de 2016 que é de 9,3%, segundo o ICV-Dieese.
Diretores do Sindipetro-NF estão negociando desde setembro de 2016 o Acordo Coletivo dos trabalhadores da Baker, já aconteceram cinco mesas de negociação e até o momento não chegaram a um consenso. Na penúltima reunião, o sindicato e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) propuseram que a validade do Acordo passasse para dois anos, de maio/2016 a maio/ 2018, com o intuito de ampliar as possibilidades de avanços que caminhassem para o fechamento das negociações.
“Essa estratégia iria garantir a manutenção de todas as cláusulas, aceitando o reajuste de 7,5% que a empresa oferece agora para salários e benefícios, com efeitos retroativos. Além disso, em Maio de 2017, com a previsão do ICV/Dieese girando em torno de 4,5%, a empresa se comprometia em compensar a perda da inflação dessa data que era de 1,7%” – explica Ferreira.
Os trabalhadores reagiram positivamente a essa saída oferecida pelas entidades sindicais, mas a empresa não aceitou a proposta. Em contrapartida, a Baker oferece um reajuste de 7,5%, que não repõe a perda de 2016 e limita em 5% o reajuste de Maio de 2017, podendo ainda ser menor que isso, a depender da inflação.
“Não aceitaremos que a empresa trate os acionistas com prioridade, recomprando U$ 750 Milhões em ações na bolsa de valores e jogue essa conta nos ombros de quem com seu suor, e as vezes até com sua vida, constrói os resultados da empresa no dia a dia” – comenta o diretor Sindipetro-NF, João Paulo Rangel.