O Sindipetro-NF recebeu ontem, dos petroleiros da P-25, carta resposta dos trabalhadores à gerência da geral da Bacia de Campos, sobre o comportamento dos gestores da empresa em relação às punições de trabalhadores na P-31 — um dos exemplos de abusos e perseguições que estão entre os motivadores da mobilização que segue hoje na região (veja a íntegra do documento aqui).
Os petroleiros da unidade também questionam o Sindipetro-NF sobre o caso P-31. A diretoria colegiada da entidade, que democraticamente acolhe os questionamentos, esclarece do seguinte modo:
“Recebemos democraticamente o manifesto dos trabalhadores de P-25 e temos os seguintes esclarecimentos:
Sobre a comissão que analisou o acidente em P-31, o Sindipetro-NF considera conquista importante da categoria petroleira a sua participação nas análises de acidentes. A nossa saída da comissão por discordar dos encaminhamentos decididos pelos demais membros, é também forte instrumento para evitar que a participação até o final acabe por legitimar os equívocos do relatório. Agindo assim não estamos “fugindo” da luta, contrário disso, estamos nos pautando pela ética e pela defesa dos trabalhadores que é a razão de existir do sindicato. No momento em que a comissão deixa de considerar um fato importante para elucidar e evitar novo acidente perde o sentido nossa presença e foi o que ocorreu.
Lembramos ainda que a atuação do Sindipetro-NF levou a uma interdição de mais de 30 dias na P-31, o que demonstra o empenho dos trabalhadores e da entidade na defesa da segurança.
Em relação a priorizar a política ponderamos que a pauta dos trabalhadores no Brasil dos últimos anos cresceu muito e a discussão política guarda grande relação com a garantia dos direitos conquistados com muita luta. Concordamos que a prioridade sempre é o interesse dos trabalhadores e faremos mais e mais esforços para atender este nobre objetivo.
Por fim agradecemos imensamente o envio do documento.
Diretoria Colegiada do Sindipetro-NF“.
