Petroleiros da base de Cabiúnas, da Transpetro, em Macaé, estão sofrendo náuseas e dores de cabeça em razão da exposição a um cheiro com origem nos vasos da área A-400 e no entorno (Laboratório, A-296 e A-470). O local acumula um tipo de gasolina (C5+) que, desde fevereiro, está mais volátil do que o de costume, o que provoca excesso de pressão e gera contínua despressurização para a atmosfera.
De acordo com o diretor do Sindipetro-NF, Claudio Nunes, que trabalha em Cabiúnas, há também risco de explosão. Ontem, na partida de uma das plantas (UPCGN da U-296), um das bombas apresentou centelhamento.
“Os operadores tinham avisado que três fusíveis de força estavam atuados na gaveta no CCM-204 e aberto registro. Quando ocorre atuação dos três fusíveis, é uma características de curto circuito. Mas mesmo assim, houve insistência de partir a bomba”, afirma Nunes.
A A-400 e seus arredores estavam isolados, pois foi constatado durante a madrugada nível de explosividade em alguns pontos. “Nenhuma das coordenações operacionais estavam cientes da situação. O risco seria potencializado se fosse no dia anterior, com a soma do nível de explosividade com o centelhamento”. explica.
O Sindipetro-NF protocolou na empresa ofício que solicita uma nova avaliação ambiental e da corrente líquida dos tanques C5+ na Unidade de Processamento de Gás Natural U-211. A entidade também quer uma reunião para apresentação dos resultados ao sindicato.
O NF saber qual o produto a que os trabalhadores estão sendo expostos, se o EPI (Equipamento de Proteção Individual) está adequado para as rotinas operacionais nestas áreas e, ainda, se o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) está adequado para os riscos novos a que os trabalhadores estão submetidos.