Petroleiros de Minas realizam ato em solidariedade às vítimas de Mariana

Da Imprensa do Sindipetro MG – Há uma semana, duas barragens pertencentes à Samarco Mineiração destruíram distritos da cidade de Mariana. Não se sabe ao certo o número de mortos, nem o tamanho do prejuízo, mas a tragédia já é vista como uma das piores na história de Minas Gerais.

Em solidariedade às vítimas do acidente e em protesto à tragédia, que já estava anunciada, os petroleiros em greve e os movimentos sociais realizarão nesta quinta-feira, 12, um ato no centro de Mariana.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) elaborou um dossiê que prova o conhecimento da empresa sobre os riscos. No ano de 2013, o Ministério Público Estadual encomendou um estudo a especialistas que concluíram que fragilidades nas barragens poderiam levar ao colapso. Por isso, o Ministério Público demandou da Samarco a construção de um plano de emergência e de alerta. Plano esse que nunca foi feito. Vários atingidos de Bento Rodrigues relataram que há anos a comunidade vinha fazendo denúncias sobre a insegurança das barragens.

A Samarco Mineração é propriedade da Vale (50%) e da anglo-australiana BHP Billiton (50%), as duas maiores mineradoras do mundo. No ano de 2014, a Samarco obteve um lucro líquido de 2,8 bilhões de reais. A Vale obteve, de abril a junho de 2015, lucro líquido de 5,14 bilhões de reais, enquanto a BHP obteve 6,42 bilhões de dólares até junho de 2015. Portanto, estamos falando de algumas das maiores empresas do mundo. Mesmo com todo esse lucro, essas mineradoras se negaram a investir o mínimo em segurança necessária para evitar uma catástrofe de tamanha magnitude.

O MAB cobra respostas da empresa sobre o que será feito em relação aos impactos nas cidades de Minas Gerais e Espírito Santo que são banhadas pelo Rio Doce, sobretudo as que tiram água diretamente do rio para o abastecimento.

Confira o dossiê completo elaborado pelo MAB: clique aqui.