Petroleiros da plataforma PNA-1, na Bacia de Campos, enfrentam há cerca de cinco meses problemas com o ar condicionado central da unidade. A exposição dos trabalhadores a altas temperaturas contraria o anexo 2 da NR 30 e a NR 17 (normas regulamentadoras sobre condições de trabalho).
O diretor do Sindipetro-NF, Wilson Reis, fez contato hoje com petroleiros da unidade para atualizar as informações sobre a situação a bordo. No dia 1º de março, o sindicalista embarcou para uma reunião de Cipa e constatou os problemas de habitabilidade da plataforma.
O ar condicionado central entrou em pane e está parado desde novembro de 2015. Como paliativo, a gerência colocou ar condicionados portáteis nas acomodações do módulo 12 da unidade. Segundo Reis, esses equipamentos estão jogando ar quente para os corredores, o que esquenta o ambiente e os camarotes, fazendo com que essa solução provisória não surta efeito.
Além disso, de acordo com o diretor do NF, como foram colocados nas portas dos camarotes, os aparelhos portáteis também causam problema de locomoção, porque atrapalham a entrada e saída das pessoas.
Reis questionou o problema na reunião de Cipa e o gerente setorial informou que o problema seria sanado o mais rápido possível. Segundo a gerência, foi contratada uma empresa de manutenção que não fez o trabalho, e uma nova foi contratada.
O Sindipetro-NF também entrou em contato com a área de SMS da Petrobrás para cobrar a resolução definitiva do problema. A resposta dada à entidade igualmente foi a de que uma nova empresa fará o trabalho.
A entidade apurou junto aos trabalhadores, no entanto, que até mesmo a nova empresa não demonstrou competência para solucionar o problema, e que o conserto acabará por ser feito pela área de manutenção da própria Petrobrás. Uma reunião, ainda hoje, definirá o prazo para a conclusão do trabalho.
O sindicato condena o fato de que, enquanto isso, trabalhadores sofrem com as altas temperaturas a bordo. Caso o problema não seja sanado, o Sindipetro-NF notificará os órgãos competentes.
