Petroleiros de SP protestam contra morte de mais um trabalhador

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Petroleiros de SP protestam contra morte de mais um trabalhador
Imprensa do Sindipetro-SP
 

Mais de 1500 petroleiros diretos e terceirizados fizeram um ato na manhã de segunda-feira (20) na portaria da Replan, em Paulínia, em protesto à quarta morte ocorrida no Sistema Petrobrás em 2006. O caldeireiro Aparecido José da Silva, de 58 anos, faleceu na madrugada de sábado (18) por complicações resultantes de um acidente ocorrido na Replan. No dia 10 de fevereiro, o trabalhador recebeu um jato de vapor que queimou 78% de seu corpo, durante a partida da unidade de destilação da refinaria.

Desde então, ele permaneceu internado no Hospital de Queimados de Limeira em estado grave. No protesto, foram lembrados os outros três companheiros mortos neste ano e os 15 petroleiros que perderam a vida em 2005 no Sistema Petrobrás. Não por acaso, todos os óbitos de 2005 e 2006 foram de trabalhadores terceirizados. Há exato um ano antes da morte de Aparecido, no dia 18 de março de 2005, falecera no mesmo hospital o petroleiro Edmilson Francisco da Silva. Ele também fora vítima de queimaduras provocadas em um acidente na Replan. Edmilson saía de um vaso da unidade U220, no dia 4 de março de 2005, quando foi atingido por uma labareda. Com 80% do corpo queimado, o petroleiro faleceu duas semanas depois.

Já naquela época, o Sindipetro Unificado denunciava a política de segurança da Petrobrás. O efetivo reduzido e o abuso e descontrole nas terceirizações estão entre as principais causas de acidentes. Desde então, a empresa avançou pouco na segurança, por isso, o movimento sindical responsabiliza a estatal pela situação de risco à qual os trabalhadores estão expostos. Além do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo, o ato que exigiu mais segurança na Petrobrás teve a participação do Sindicato dos Químicos Unificado de Campinas, Vinhedo e Osasco e dos sindicatos dos Metalúrgicos, dos Condutores e dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas. Representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) também estiveram presentes, além de trabalhadores da Comissão de Fábrica da empresa Flaskô, de Sumaré.