O Sindipetro-NF recebeu hoje de trabalhadores a denúncia de que, no domingo, 5, ocorreu um princípio de incêndio em um transformador do módulo de compressão de gás da plataforma P-53, na Bacia de Campos. Os petroleiros da unidade informam que o caso poderia ter se tornado uma tragédia, em razão de vazamentos de gás que existem próximos do local. Os sensores de fumaça chegaram a interromper o funcionamento da planta industrial.
A cerca de 30 metros do local aonde houve o princípio de incêndio há dois vazamentos de gás em linhas de alta pressão. Os trabalhadores denunciam que os casos são crônicos e as gerências não providenciam a troca das linhas.
Outro agravante é que o acionamento do CO2 da sala onde ocorreu o incêndio precisou ser feito manualmente, pois não entrou automaticamente, aumentando o tempo de combate. Os sensores de temperatura do equipamento que pegou fogo estão inoperantes, mas os gestores da unidade, de acordo com os trabalhadores, optaram por trocá-los apenas em parada de produção programada para janeiro de 2016.
Em contato com a Petrobrás, a empresa procurou minimizar o princípio de incêndio, descrevendo-o apenas como “um superaquecimento do disjuntor que fumaçou”, e que não foi preciso acionar nenhum sistema de combate a incêndio.
O Sindipetro-NF protocolou denuncia sobre o caso na ANP (Agência Nacional do Petróleo) e cobra da Petrobrás a abertura de comissão de análise do acidente que teve potencial para se tornar ampliado. A entidade também vai questionar o Spie da UO-Rio sobre o fato do sindicato não ter sido informado formalmente sobre o caso e cobrar a resolução das graves pendências de segurança relatadas pelos trabalhadores.
