Petroleiros do NF realizam hoje Seminário de Qualificação de Greve

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Petroleiros representantes de plataformas e de bases de terra da região estão participando hoje do Seminário de Qualificação de Greve, promovido pelo Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) no teatro da entidade, em Macaé.

A atividade faz parte do calendário de mobilizações da Campanha Reivindicatória. Nesta sexta, 9, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) volta a se reunir com a direção da Petrobrás para buscar avanços nas negociações.

Nesta manhã, os representantes das bases apresentaram uma avaliação sobre a possibilidade de Greve em suas unidades. Em todas as plataformas representadas há disposição para a realização de uma paralisação, com controle sobre a produção, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas.

O coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, fez uma exposição sobre a Campanha Reivindicatória, listando, ponto a ponto, as possibilidades de avanços ou as dificuldades existentes em temas como AMS (Assistência Médica), Auxílio Educacional, Dia de Desembarque, Hora Extra do Sobreaviso, Amplo Direito de Defesa, Aposentadorias Especiais e Comissão de Conciliação.

O assessor jurídico do NF, Normando Rodrigues, explicou alguns aspectos da Lei de Greve (7783/89), especialmente no que diz respeito ao conceito dos petroleiros para a manutenção da produtividade e para a manutenção das “necessidades inadiáveis da população”. Para a categoria, historicamente, a necessidade da população é mantida com controle sobre a produção, estabelecendo-se uma produção mínima, e não através da fixação de um contingente mínimo de trabalhadores.

“A legislação foi feita seguindo uma lógica da fábrica de sapato lá do século XIX, presumindo-se que 30% dos trabalhadores produziriam 30% de sapatos. Isso não faz o menor sentido em um setor como o petróleo. A nossa lógica de greve é o de 100% de presença de trabalhadores no local de trabalho, mas com controle sobre uma produção mínima de petróleo”, explicou o advogado.

Durante o período da tarde, os participantes do Seminário discutem as propostas de encaminhamentos para um movimento grevista. As sugestões dos petroleiros da região serão levadas para uma reunião com a FUP, onde todo o quadro nacional de mobilização será avaliado. A Federação está indicando Greve a partir do próximo dia 26.