Petroleiros que integram equipes de socorro e emergência na Base de Cabiúnas estão indignados com as práticas de SMS da Unidade. Dez brigadistas do Grupo C, de um total de 15, renunciaram às suas vagas na brigada.
Os trabalhadores denunciam que a gerência da unidade e a coordenação de segurança não atendem às reivindicações da categoria. Faltam treinamento adequado para os brigadistas e cumprimento da cláusula 90 do acordo da Transpetro, que prevê a presença de técnicos de segurança nas brigadas.
De acordo com denúncia dos trabalhadores, nem mesmo a função de líder de brigada está sendo exercida por técnicos de segurança industrial.
As mudanças na área de SMS na unidade começaram há cerca de dois anos. Antes, todos os petroleiros das áreas de operação e manutenção eram treinados para integrar a brigada. Atualmente, sob a justificativa de redução de custos, somente parte dos trabalhadores são treinados e integrados às equipes de emergência.
Em reação ao protestos dos trabalhadores, o coordenador de turno das 8h às 16h de hoje disse que não iria “liberar” os brigadistas desistentes, “por ordem da gerência do terminal”. Este é mais um abuso cometido pela empresa, uma vez que o exercício da função é voluntária.
A base de Cabiúnas tem registrado diversos casos de acidentes graves, como vazamentos de gás, e problemas como subnotificação e desrespeito a licenças médicas para recuperação de trabalhadores adoentados.
O Sindipetro-NF considera legítima a atitude de protesto dos trabalhadores e vai inicialmente discutir o problema na Comissão de SMS. Se as gerências insistirem na má gestão da política de segurança, o sindicato levará a questão para outras instâncias.