Petroleiros e Central de Movimentos Populares promovem ação de solidariedade e denunciam governo Bolsonaro pela morte de 400 mil pessoas

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

A Central de Movimentos Populares (CMP),  Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos petroleiros realizaram, na tarde desta quinta-feira (29), uma ação solidaria conjunta, com a venda de botijão de gás de cozinha por menos da metade do preço, cerca de 40 reais, para famílias moradoras em bairros periféricos de 11 cidades do país. Aproximadamente mil famílias em situação de vulnerabilidade social foram beneficiadas com a ação. “Essa ação da FUP e seus sindicatos junto com a CMP, hoje, foi maravilhosa. Fiquei emocionado com o depoimento de algumas companheiras”, relata Deyvid Bacelar, coordenador da FUP.

O Sindipetro -NF participou da Ação do Gás de ontem, através da distribuição de 180 botijões para a comunidade Quilombola da Gamboa, que reúne 118 assentados, e população do Morro da Providência na zona portuária do Rio de Janeiro (veja fotos abaixo). Participaram da ação, o diretor Alessandro Trindade e militantes de base, que atuam na Campanha Petroleiro Solidário. Chamou atenção do diretor Alessandro a organização dos quilombolas. “Me chamou atenção as construções e a organização do local. É uma área tombada pelo Patrimônio Histórico uma área onde desenvolvem diversas atividades nos seis terrenos que foram cedidos pela União” – comenta Alessandro. Cerca de 70% dos titulares dos núcleos familiares do Quilombo da Gamboa são mulheres e 44% possuem mais de 50 anos.

A pesquisadora do Observatório das Metrópoles e assessora jurídica do Quilombo da Gamboa, Tarcyla Fidalgo, defende que o apoio ao projeto representa também o apoio ao direito à cidade. “O projeto de habitação popular Quilombo da Gamboa é um marco de resistência e luta por moradia no centro do Rio de Janeiro. A união e comprometimento dos participantes é um sopro de esperança que merece e precisa ser fortalecido. A continuidade do projeto, apesar das incontáveis dificuldades, demonstra a força daqueles que demandam seu direito fundamental à moradia adequada em um cenário político, social e econômico tão hostil como o presente. Ajudar o projeto vai muito além dos seus mais de 100 participantes. Trata-se de manter viva a resistência e a luta no coração de nossa cidade. Vida longa ao Quilombo da Gamboa que já teve muitas vitórias e, com nossa ajuda, pode ter muitas mais!”.

 

Ação nacional

A ação nacional incluiu também a distribuição de cestas de alimentos, verduras, legumes e máscaras de proteção. Com o mote: Gás a preço justo, comida no prato e vacina no braço, durante a ação, a CMP e a FUP defenderam vacina já para toda a população e auxílio emergencial de 600 até o fim da pandemia. As entidades também denunciaram o desmonte das políticas públicas, às privatizações e o negacionismo diante da pandemia de covid-19.

“Nossa ação solidária de hoje teve o objetivo de ajudar famílias que estão passando por dificuldades, desempregada e sem renda para se alimentar, mas também de denunciar e exigir que Bolsonaro seja processado, afastado da Presidência da República e condenado pelas 400 mil mortes, pelo atraso na vacinação e pela covardia em reduzir o auxílio emergencial, justamente quando nosso país apresenta um cenário de desemprego e fome. Já são 19 milhões de pessoas passando fome”, denuncia Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.

Com um valor do botijão de gás que chega a 120 reais em várias regiões do país, o que corresponde a 12% do salário-mínimo, a alta do produto provoca a elevação de preços em outros setores da economia, como os de alimentos e transportes. Ao promover a ação de solidariedade de hoje, CMP e FUP alertaram a para a privatização da Petrobras e de sua política de seguir o preço de importação.

 

Ação na Gamboa