Os petroleiros do Norte Fluminense continuam em Estado de Greve, condição aprovada nas assembleias da última sexta, 20, quando a categoria decidiu pela suspensão da greve iniciada em 1º de novembro. A mobilização dá sustentação às negociações que prosseguem com a Petrobrás, sobre descontos dos dias de paralisação e de não punição a grevistas.
A discussão sobre os dias parados começa imediatamente após a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Sobre as punições, a FUP e os sindicatos filiados estarão atentos para fazer cumprir garantia já prevista no ACT desde 2013, que determina que qualquer avaliação de eventuais excessos durante movimento grevista deve ser avaliado conjuntamente entre a empresa e o sindicato.
“Criaram muito terrorismo sobre as possíveis punições. Na verdade, não houve nenhum excesso dos grevistas durante a greve que justificasse alguma punição. Quem apenas seguiu o indicativo do sindicato não tem porque ser punido, pois estava amparado por decisão coletiva”, explicou o coordenador de Comunicação do Sindipetro-NF, Tezeu Freitas, em entrevista nesta manhã à Rádio NF.
Plano de Negócios
Nos próximos dias será formado o Grupo de Trabalho que terá 60 dias para discutir as propostas da FUP e sindicatos filiados, entre eles o Sindipetro-NF, de mudanças no Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás. A abertura da empresa para a discussão dos seus rumos foi a principal reivindicação da categoria na greve, buscando alterar a política de venda de ativos e desinvestimentos que vinha sendo a tônica da gestão da companhia.
[Diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto, fala durante assembleia em Campos que, assim como a de Macaé, aprovou manutenção do Estado de Greve – Foto: César Ferreira / Para Imprensa do NF]