Seguindo os indicativos da FUP e sindicatos, os petroleiros de todas as unidades do Sistema Petrobrás se mobilizaram a partir da tarde desta terça-feira, 26, para pressionar a Petrobrás a avançar no processo de negociação da PLR, principalmente no que diz respeito ao condicionante aprovado pela categoria nas assembléias de que não haja pagamento de surbônus para as gerências e demais cargos comissionados. Os petroleiros também exigem mudança na gestão de SMS, defendem a AMS e, a implantação do Plano Petros na Transpetro.
Apesar das intimidações e ameaças das chefias de algumas unidades, os petroleiros seguiram as orientações dadas por cada sindicato. Além das vigílias, os petroleiros realizaram operações padrão e suspenderam a emissão de PTs. No Norte fluminense, o movimento foi aderido por todas as bases de terra e por 41 plataformas. Paralelamente às 24hs de mobilização, os trabalhadores fizeram levantamentos sobre os problemas de segurança e apresentaram os dados nos atos realizados nas unidades, às 19h de ontem.
Na Reduc e no Terminal Campos Elíseos, os petroleiros enfrentaram práticas antissindicais, devido ao impedimento na entrada da refinaria. Numa atitute contrária à lei, a gerência da Reduc não disponibilizou os ônibus para o retorno dos trabalhadores às suas casas. Com o corte de rendição praticado pela própria gerência, os petroleiros só puderam deixar a refinaria às 23h, com a chegada de outro grupo, que encerrou a vigília indicada pelo sindicato.
Na Bahia, os trabalhadores do Conjunto Pituba prosseguiram com as mobilizações a partir das 6h da manhã desta quinta-feira. O Sindipetro-BA realizou assembléias com trabalhadores próprios e terceirizados, que decidiram estender as paralisações até o fim do dia. Nesta sexta-feira, 29, o movimento continua nas bases administrativas do COFIP e da UP, em Salvador.
Também nesta quinta-feira, 28, as mobilizações foram intensificadas pelos trabalhadores do Rio Grande do Norte, nas bases do Alto Rodrigues e Estreito. Amanhã, o movimento será realizado na base administrativa da Petrobrás em Natal.
Nas bases dos Sindipetros AM, CE, PE/PB, MG, ES, SP, PR/SC e RS, os petroleiros encerraram as mobilizações no fim desta quarta-feira, 27. O movimento foi aderido pela maior parte dos trabalhadores, que realizaram vigílias, atrasos na entrada do expediente e não emitiram permissões de trabalho.
Enquanto isso, sindicato do coordenador do PSTU/Sem Lutas (SJC) assina acordo da PLR 2010, concordando com surbônus gerencial
Enquanto os trabalhadores das bases da FUP e seus sindicatos mostram à Petrobrás que não aceitam uma PLR injusta, e se mobilizam contra o “surbônus” das gerências, o Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos, todos divisionistas, foi o primeiro assinar o acordo de PLR 2010, nesta quarta-feira, 27.
