Petroleiros na V Marcha da Classe Trabalhadora: dia 03/12, em Brasília

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A FUP e seus sindicatos filiados se somarão às demais categorias na V Marcha da Classe Trabalhadora, que reunirá em Brasília, no próximo dia 03, milhares de militantes, que cruzarão o país para cobrar do governo, dos parlamentares, do judiciário e dos patrões avanços na pauta dos trabalhadores. A marcha é organizada há cinco anos pela CUT e demais centrais sindicais brasileiras que, conjuntamente, definem o eixo da mobilização e as bandeiras de luta dos trabalhadores. Este ano, a marcha tem como tema “Desenvolvimento com valorização do trabalho”, cujo objetivo é garantir a ampliação de recursos para as políticas públicas e investimentos sociais, além de medidas concretas de geração de emprego e renda no enfrentamento da crise financeira internacional.  
A defesa das reservas do pré-sal para o povo brasileiro e de uma nova matriz energética é uma das bandeiras de luta desta quinta edição da Marcha da Classe Trabalhadora. A FUP e seus sindicatos estão organizando caravanas de petroleiros para estarem em Brasília no dia 03 de dezembro, cobrando uma nova lei do petróleo. Será o momento de massificarmos nossa campanha, ampliando o debate para as demais categorias e difundir o abaixo assinado por um projeto de lei popular que garanta o controle estatal e social do pré-sal. 
As centrais sindicais pretendem reunir 30 mil trabalhadores em Brasília, vindos de todos os estados do país. A concentração será no Ginásio Mané Garrincha, de onde os manifestantes sairão em caminhada até a Esplanada dos Ministérios. 
Principais pontos da pauta de reivindicações da Marcha: redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, reforma agrária com trabalho decente, correção da tabela do imposto de renda, redução dos juros e do superávit primário, ratificação das convenções 151 e 158 da OIT, políticas públicas geradoras de emprego e renda, igualdade de remuneração entre homens e mulheres, entre outros.

Trabalhadores da Sotep mantêm greve

Os trabalhadores da Sotep estão em greve em todas as bases do país, cobrando da empresa uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. A greve teve início no último dia 12 e segue firme na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, estados onde a Sotep atua. Apesar dos excelentes resultados financeiros dos últimos anos, a empresa insiste em uma proposta salarial rebaixada, que não atende às reivindicações dos trabalhadores. 
Além de intransigente na negociação, a Sotep tem agido com truculência e ameaça de demissões, desrespeitando o direito legítimo de greve. A empresa também tem se utilizado da justiça para tentar esvaziar a mobilização nacional dos trabalhadores, tentando, arbitrariamente, classificar a greve como abusiva. No último dia 17, os trabalhadores da Bahia participaram de audiência de conciliação requerida pela Sotep apenas para afrontar e intimidar a categoria. Os advogados da empresa chegaram a argumentar na audiência que os trabalhadores têm salários superiores ao de muitos médicos, entre outros absurdos. 
A greve na Sotep segue firme em todo o país. Os trabalhadores continuarão lutando por condições dignas de trabalho e salários. A Sotep é uma das principais prestadoras de serviço da Petrobrás nas áreas de perfuração e manutenção de poços de petróleo e tem plenas condições de atender às reivindicações dos trabalhadores.

Rotina de acidentes na Petrobrás

A vulnerabilidade da segurança dos trabalhadores do Sistema Petrobrás cresce a cada dia. Na Bacia de Campos, onde recentemente um acidente em uma plataforma por pouco não repetiu a tragédia da P-36, as chamadas “anormalidades” nas aeronaves continuam assustando os trabalhadores.  Pousos forçados, panes e problemas operacionais que nunca são devidamente explicados são rotina na região. Na semana passada, 18 trabalhadores da P-40 exerceram o Direito de Recusa e se negaram a embarcar em uma aeronave do mesmo modelo que caiu em fevereiro, matando cinco trabalhadores, e cujas causas do acidente até hoje não foram identificadas. Em atendimento ao indicativo do Sindipetro-NF, os trabalhadores da Bacia de Campos aprovaram em algumas plataformas o boicote à Sipat  e estão fazendo relatórios sobre as condições de segurança em cada unidade.
Em Alagoas, menos de dois meses após o acidente que matou quatro trabalhadores na Estação de Produção de Furado, outro vazamento de gás deixou a unidade em pânico. O duto de um dos poços se rompeu no último dia 11, vazando para a atmosfera todo o volume de gás, pois não houve condições operacionais de se realizar a despressurização para a tocha. Por muita sorte, não houve uma explosão. Os petroleiros e a comunidade reviveram as cenas de horror do incêndio ocorrido no campo de Furado, no dia 23 de setembro, após um vazamento semelhante.  
É também latente a insegurança nas unidades de refino. No último dia 13, houve um vazamento seguido de incêndio na Rlam, na Bahia. A ocorrência deixou os trabalhadores em pânico. As chamas foram tão intensas que a Brigada de Emergência da refinaria levou uma hora para conseguir debelar o fogo. Na Regap, em Minas Gerais, o sindicato também tem denunciado os constantes incidentes ocorridos na refinaria e o descaso das gerências com a segurança dos trabalhadores. Foram cinco ocorrências graves em outubro e três, em novembro. 
Segundo o Sindipetro-MG, os incidentes só não fizeram vítimas porque ocorreram em horários que, por sorte, não eram de pico na refinaria e em unidades de pouca movimentação de pessoal. Mesmo diante da incidência de problemas com equipamentos, vazamentos rotineiros e outras situações eminentemente de risco, a gerência da Regap continua agindo com descaso, desconsiderando uma regra básica do SMS: pequenos incidentes quando não são devidamente apurados sempre levam a uma ocorrência grave.

Comissão de SMS reúne-se dia 05 
O gerente do SMS Corporativo da Petrobrás, Ricardo Azevedo, participará pela primeira vez da reunião da Comissão de SMS, para discutir as propostas da FUP de uma nova política de saúde e segurança. A Federação tem denunciado os problemas graves de gestão do SMS e cobrado mudanças estruturais na política de segurança da Petrobrás.

FUP apresenta proposta à Petrobrás para regramento da PLR

A FUP apresentou no último dia 14 à Gerência de RH da Petrobrás a proposta de regramento da PLR. A proposta foi aprovada pela categoria em assembléias realizadas durante e após a campanha salarial, conforme indicativo de cada sindicato filiado à Federação. A FUP quer iniciar o quanto antes a negociação com a empresa dos critérios e parâmetros da PLR, com base nos indicadores aprovados pelos trabalhadores. A negociação das metas só ocorrerá após a definição destas regras.A Lei 10.101, que regulamenta da PLR, garante que a negociação da distribuição da parte do lucro que compete aos trabalhadores seja feita com transparência, baseada em critérios e regras previamente definidos em um processo de negociação. Ao estabelecermos o regramento da PLR, com base nos indicadores propostos pelos trabalhadores, a categoria petroleira acabará com o engessamento da negociação, como sempre ocorre por parte da Petrobrás, que provisiona valores de forma unilateral.

Adiantamento da PLR 2008 
A FUP também cobrou ao RH da Petrobrás o início da negociação do adiantamento da PLR 2008. A Federação quer discutir os valores e a data de pagamento, levando em consideração os termos acordados na campanha da PLR 2007, que garantiu a antecipação em janeiro da participação dos trabalhadores no lucro referente ao exercício de 2008.
No último dia 11, a Petrobrás anunciou mais um lucro recorde. Além da produção total da empresa ter aumentado 6% no último trimestre, o lucro acumulado até setembro já ultrapassava a cifra de R$ 26,5 bilhões, superando em 61% os resultados do mesmo período em 2007. Só neste terceiro trimestre, o lucro líquido registrado pela Petrobrás foi 96% maior do que o do ano anterior. É o melhor resultado por trimestre já alcançado pela empresa, fruto do esforço coletivo de todos os trabalhadores.

Seminário 27/11, no Rio: O pré-sal é do povo brasileiro

O seminário é um dos desdobramentos do fórum de debates que os engenheiros do Rio de Janeiro têm realizado sobre o pré-sal junto com a FUP, CUT-RJ e outras entidades do estado. Veja a programação completa na página da FUPwww.fup.org.br