A partir da zero hora desta sexta-feira, 28 de abril, os trabalhadores do Sistema Petrobrás irão paralisar por 24 horas as atividades nas principais unidades da empresa. A adesão à greve geral já está aprovada em todos os sindicatos da FUP. Apenas no Norte Fluminense, ainda há assembleias a serem realizadas nesta quarta-feira, 26, mas o resultado parcial já indica a aprovação da paralisação em diversas plataformas da Bacia de Campos.
Os sindicatos estão realizando agora plenárias e setoriais para orientarem os trabalhadores sobre os procedimentos durante a greve, que foi aprovada de norte a sul do país com mais de 90% de aceitação nas bases da FUP. Além dos petroleiros, diversas outras categorias estão aderindo à mobilização nacional em resposta à ofensiva golpista que ataca o sistema de proteção social e os direitos trabalhistas do povo brasileiro.
A greve geral de sexta-feira, 28, deverá ser fortalecida pela paralisação de um setor chave, que é o dos trabalhadores em transportes coletivos. Em São Paulo, os metroviários, ferroviários e rodoviários de várias cidades do estado e também da capital já confirmaram adesão ao movimento. No Rio de Janeiro, Recife, Vitória, Natal, Salvador, Maceió, Brasília e em outras cidades, o transporte público também deverá ser interrompido durante a greve.
Professores e profissionais da educação dos setores público e privado, metalúrgicos, bancários, servidores públicos, químicos, eletricitários, urbanitários, portuários, aeronautas, aeroviários, vigilantes, trabalhadores da construção civil, dos Correios, da Justiça, da Saúde, entre outras categorias organizadas, também já anunciaram adesão à greve geral em diversos estados do país.
A greve geral está sendo convocada pelas centrais sindicais, movimentos sociais, frentes populares e organizações de esquerda que resistem ao golpe que, dia após dia, afeta os trabalhadores brasileiros. Temer e sua base aliada no Congresso Nacional já liberaram a terceirização ampla e irrestrita para todas as atividades, sem qualquer salvaguarda para o trabalhador.
Também aceleraram a tramitação da reforma trabalhista que já foi aprovada nesta terça-feira, 25, na Comissão Especial da Câmara e deve entrar na pauta de votação do Plenário ainda esta semana. Se aprovada, irá precarizar por completo as condições de trabalho, acabando até mesmo com o direito à justiça trabalhista. Todo esse desmonte ocorre paralelamente aos ataques à Previdência Pública, cujo projeto de reforma tem por objetivo acabar com a aposentadoria e outros benefícios sociais.
A despeito das delações da Lava Jato que colocam sob suspeita Temer e seus ministros, bem como diversos dos parlamentares que articulam esses ataques contra os trabalhadores, todos seguem incólumes, cumprindo acordos com os grupos políticos, econômicos e financeiros que bancaram o golpe com o aval da mídia. Enquanto isso, o povo brasileiro vê seus direitos e empregos virarem pó.
A greve geral de sexta-feira será decisiva para a classe trabalhadora.
FUP