Da Imprensa da FUP – A FUP e seus sindicatos realizam uma série de atos para relembrar a importância histórica da greve de julho de 1983, quando, em plena ditadura militar, a categoria protagonizou o primeiro movimento de parada de produção nas refinarias da Petrobrás.
Os 40 anos de um dos mais emblemáticos movimentos de resistência petroleira começaram a ser celebrados na sexta, 07, com atos nas bases da FUP. No dia anterior, o Sindipetro Bahia participou de uma audiência na Câmara de Vereadores de Salvador, onde a greve foi tema principal. Saiba mais aqui.
No sábado, 08, um ato político foi realizado na sede do Sindicato Unificado, em Campinas (SP), com participação do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, e de trabalhadores que protagonizaram a greve de 1983. Em plena ditadura militar, o movimento desafiou a Lei de Segurança Nacional e parou a produção das Refinarias de de Mataripe (a antiga RLAM) e de Paulínia (a REPLAN). Foi a primeira greve com parada de produção da Petrobrás.
Nesta terça, 11, será a vez do Sindipetro Bahia celebrar as quatro décadas do movimento, com outro importante ato político, que será realizado às 18h30, na Subsede da Cultura e da Cidadania da entidade, na Ladeira da Independência, 16, Nazaré, em Salvador.
Saiba mais sobre a greve histórica
Além dos petroleiros, o Ato político em rememoração aos 40 anos da greve de 1983 reunirá neste sábado em Campinas acadêmicos, sindicalistas de outras categorias e representantes do governo federal. Já confirmaram presença o professor aposentado de Economia da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e ex-presidente da Petrobrás [2005-2012], José Sérgio Gabrielli, e a presidenta da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida.
Durante o ato do Sindipetro Unificado, também será lançada uma exposição, que narra por meio de textos e imagens a história da greve, além de um filme documental de média-metragem. A programação inclui ainda apresentações musicais de artistas da região.
Em artigo publicado esta semana, a assessora da FUP e doutoranda da UFRJ, Juliana de Oliveira Ferreira, ressalta a importância da resistência petroleira durante a ditadura militar. “A partir do pós-golpe, a tradição de luta coletiva e organização sindical foi duramente combatida e a ação autônoma dos trabalhadores foi impiedosamente reprimida durante todo o regime. Isso, no entanto, não impediu a emergência de greves e lutas sociais, em particular dos trabalhadores das refinarias, no final dos anos 1970 e início dos 1980, apesar da permanente vigilância e repressão por parte da empresa e da ditadura”‘. Leia aqui a íntegra do artigo.
No documentário de média-metragem realizado pelo Sindipetro Unificado, os trabalhadores que protagonizaram a greve de 1983 contam detalhes sobre o movimento. Confira:
[Foto destaque: Marcelo Aguilar/Sindipetro Unificado SP]