Petroleiros sofrem do lado de fora enquanto clientes da Azul usam sala de embarque em Campos

Petroleiros que aguardavam voos para plataformas da Bacia de Campos, no aeroporto Batolomeu Lisandro, em Campos dos Goytacazes, passaram nesta manhã por constrangimentos e grande desconforto.

Eles tiveram que permanecer na parte externa, no sol ou sob árvores, enquanto a sala de embarque estava reservada apenas para clientes da empresa Azul, que opera voo de 12h para o Rio de Janeiro.

De acordo com o diretor do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira, que passou a manhã no aeroporto, pelo menos dois embarques de petroleiros foram impactados, os das plataformas P-50 (com 15 passageiros) e P-52 (com 18 passageiros).

“O pessoal da P-52 chegou a entrar na sala se embarque, mas teve de sair por causa do voo da Azul. O pessoal que desembarcou de PRA-1 teve que esperar no sol na parte próxima à pista do aeroporto, ficando exposto ao risco das aeronaves operando, pois a sala de embarque estava separada para os passageiros da Azul”, relata o diretor do NF.

O movimento total de embarque e desembarque de petroleiros, apenas hoje no Bartolomeu Lisandro, é de 300 passageiros.

“O vôo da Azul costuma ter cerca de 40 passageiros. E fica proibida a presença de voos da Petrobrás. Hoje o voo da Azul teve 63 passageiros”, informa.

O Sindipetro-NF vai cobrar da Petrobrás explicações sobre a ocorrência e melhorias imediatas na logística de atendimento aos petroleiros e petroleiras no aeroporto de Campos dos Goytacazes.

“O pessoal fica indignado, pois está indo trabalhar e gerar riquezas para o Pais, mas é preterido pelos clientes da Azul que vão trabalhar de terno ou, em sua grande maioria, no dia de hoje, passear no Carnaval”, protesta o diretor do NF.