PIDV: FUP orienta trabalhadores a aguardarem encaminhamento após o Fórum de Efetivos, dia 19

Imprensa da FUP – A direção da FUP, reunida em Brasília nesta quarta-feira (13), reitera a orientação aos petroleiros de que não façam adesões ao Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), enquanto as representações sindicais não discutirem com a Petrobrás a recomposição dos postos de trabalho, no Fórum de Efetivos que ocorrerá no próximo dia 19.

O PIDV foi planejado pelos gestores e apresentado à categoria sem qualquer debate prévio com a FUP, no momento em que a empresa passa por graves problemas de segurança em função dos efetivos reduzidos e do intenso processo de terceirização de atividades fim.

Descumprimento do ACT

O PIDV é também um claro descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, pois afeta diretamente as Cláusulas 90 – Política de Admissão de Novos Empregados, 91 – Efetivo de Pessoal, 123 – Condições de Segurança e Saúde Ocupacional e 132 – Política de Saúde.

Petrobrás perderá mais de 30% do seu efetivo

Em um intervalo de apenas três anos, a Petrobrás pretende eliminar cerca de 20 mil postos de trabalho, o que reduzirá em mais de 30% o efetivo próprio da companhia, colocando em risco iminente as unidades operacionais, que já sofrem com quadros abaixo do número mínimo necessário de trabalhadores.

A atual gestão quer dispensar 12 mil trabalhadores, “independente de idade e tempo de empresa”. Em 2014, a Petrobrás já havia implementado um outro PIDV, que já resultou na saída de 6.254 funcionários  e na adesão de mais 1.055 que deixarão a empresa até maio de 2017.

36 trabalhadores mortos nos últimos três anos

Desde janeiro de 2014, quando a Petrobrás aprovou o primeiro PIDV, já perdemos 36 companheiros mortos em acidentesde trabalho. Recentemente, uma unidade da Rlam e duas plataformas da Bacia de Campos sofreram acidentes graves, em consequência da falta de segurança que, absurdamente, tornou-se rotina no E&P, nas refinarias, nos terminais e em todas as áreas operacionais.

Estamos à beira de uma nova tragédia anunciada e a direção da Petrobrás quer reduzir ainda mais seu efetivo. Os petroleiros não podem se omitir diante de tamanho ataque.O que está em risco é a vida dos nossos companheiros e o futuro da empresa.