Da Imprensa da FUP – A última reunião do calendário proposto para discussão do Plano de Cargos e Salários entre Petrobrás e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) aconteceu nesta terça-feira (19), marcada por cobranças e expectativas. A direção da FUP reafirmou que está aberta à construção de um acordo único, desde que não haja prejuízos para os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás.
O encontro contou com a apresentação da consultoria da Fundação Instituto de Administração (FIA), que sintetizou os debates anteriores sobre temas centrais do plano: horizontes de carreira, estrutura salarial e critérios de movimentação. Segundo o representante da consultoria, o plano deve funcionar como um instrumento de conciliação, atendendo tanto às necessidades estratégicas da companhia quanto aos anseios da categoria.
Apesar do balanço apresentado pela gestão da Petrobrás, a FUP não considera que houve uma proposta formal. “O que vimos hoje foi apenas uma exposição teórica dos pontos de convergência e não convergência”, destacou a direção. A empresa informou que o documento detalhando os pontos de convergência e não convergência será enviado por escrito após análise da governança interna.
Entre os assuntos debatidos ao longo das reuniões, estiveram a definição da tabela salarial e das faixas de remuneração, os critérios para atribuições de cargos e evolução na carreira, as regras para progressão profissional e movimentação interna, além das condições para mudança de cargo dentro do Sistema Petrobrás. Esses pontos são considerados centrais para garantir um plano que seja justo, transparente e capaz de assegurar oportunidades de crescimento equilibradas para todos os trabalhadores e trabalhadoras.
Para a FUP, garantir isonomia e justiça é fundamental. “É preciso valorizar os trabalhadores que constroem a riqueza da Petrobrás e que são a base do futuro da companhia. Defendemos um único plano de cargos, com uma tabela salarial única para todo o Sistema Petrobrás”, afirmou Tezeu Bezerra, diretor da FUP, que abriu a reunião com um apelo à valorização da categoria.
Tezeu ressaltou ainda que a FUP irá avaliar estratégias junto à categoria para definir a condução das discussões sobre o Plano de Cargos em paralelo à negociação do Acordo Coletivo de Trabalho ou não, destacando que o tema continua sendo prioritário para a Federação e seus sindicatos. Essa articulação busca garantir que as propostas apresentadas avancem de forma consistente, sem prejuízos para os trabalhadores e alinhadas aos princípios de justiça e isonomia defendidos pela entidade.
A Federação alerta que o atual modelo praticamente inviabiliza a mobilidade e limita o desenvolvimento profissional da maioria dos empregados. Paulo neves, diretor da FUP, lembrou que o novo plano deve refletir uma estatal forte, protegida dos privatistas e comprometida com quem garante sua operação.
A categoria segue com grande expectativa, para a FUP, este é um passo decisivo para corrigir distorções históricas e assegurar um plano justo, que respeite a unidade da classe petroleira e fortaleça a Petrobrás como patrimônio nacional.