Imprensa Sindipetro-BA – Um ato pacífico, organizado pela FUP, FNP e seus sindicatos filiados, em frente ao prédio Senado da Petrobrás, no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, 8, foi interrompido pela ação truculenta da Polícia Militar, que chegou ao local causando tumulto e agredindo os sindicalistas e trabalhadores da Petrobrás que protestavam contra a venda de ativos dos campos terrestres, e o desmonte e privatização do Sistema Petrobrás.
O coordenador do Sindipetro Bahia e Conselheiro eleito do CA da Petrobrás, Deyvid Bacelar, sofreu agressões físicas e só não foi levado preso devido a intervenção dos outros diretores dos sindipetros, do diretor do Sindipetro Bahia, André Araújo e do coordenador da FUP, José Maria Rangel, que exigiram respeito com o conselheiro da empresa, ressaltando que “ali não tinha bandidos, só trabalhadores da Petrobrás”.
A manifestação, que durou cerca de três horas, foi realizada em protesto à reunião da diretoria executiva da empresa, que acontece hoje (08), tendo como pauta principal discutir o enxugamento do quadro de pessoal da Petrobrás, com uma possível decisão de lançar um programa de incentivo a demissões nos mesmos moldes da década de 1990, no governo de FHC.
Para Deyvid Bacelar os trabalhadores do Sistema Petrobrás precisam ficar atentos para as ameaças que rondam seus empregos e reagir a tempo antes que o pior aconteça.
Ele ressaltou que as mobilizações em defesa dos trabalhadores, da Petrobrás e do Brasil serão intensificadas. “Vamos denunciar, realizar inúmeras atividades, diariamente em todos os estados em que a Petrobrás esta´presente”, afirma Deyvid, que completa “não iremos parar até reverter essa situação que só traz prejuízos para a sociedade brasileira. Essa grande empresa não pode ser privatizada”.
Participaram do ato os diretores dos Sindipetros Bahia, Caxias, NF, RJ, RS, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, do Ceará/Piau e de Sergipe/Alagoas. Do Sindipetro-NF estiveram presentes o Coordenador, Marcos Breda e o diretor Alessandro Trindade. Pela FUP, José Maria e Chico Zé e pela CUT, Vitor Carvalho.
Manifestações semelhantes aconteceram nos aeroportos de várias capitais, a exemplo de Salvador, onde diretores do Sindipetro Bahia realizaram protesto contra a venda dos campos terrestres. Diretores chamaram a atenção dos parlamentares que embarcavam para Brasília, com faixas de protestos e palavras de ordem contra o desmonte e privatização da Petrobrás.