População do Jockey teve sete de setembro de arte e conscientização política

Os bairros do Jockey, Jockey II e Novo Jockey, em Campos dos Goytacazes, tiveram um Sete de Setembro diferente no último sábado, com arte e debate sobre as condições de vida da população. Em um evento promovido pelo Sindipetro-NF e por entidades dos movimentos sociais, na pracinha do Jockey II, a comunidade pôde expressar suas cobranças sobre serviços públicos e opinar sobre o cenário local e nacional.

Uma das moradoras destacou os problemas com o transporte urbano e com a segurança no bairro. Outra falou sobre a importância da defesa da educação pública para o desenvolvimento da cidadania.

A venda da Petrobrás e de outras empresas estatais também foi lembrada. Em um dia dedicado à celebrar a Independência, vários oradores mostraram que a soberania nacional está em risco, entre eles o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, que denunciou o desmonte da companhia e os impactos negativos sobretudo sobre os mais pobres.

O coordenador geral da FUP e também diretor do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, criticou a política econômica que penaliza a população. “Esse sistema não vale quando o governo, passado e esse também, congelaram os gastos em saúde, em educação, em infraestrutura. Quem precisa da mão do estado em todas essas áreas são os mais humildes. Hoje as palavras que a gente mais escuta são corte e ajuste. É corte no pobre e ajuste na classe trabalhadora”, afirmou.

A atividade fez parte do Grito dos Excluídos, um conjunto de protestos em todo o país que sempre são realizados em paralelo aos desfiles de Sete de Setembro, como forma de mostrar que o Dia da Independência deve ser também um dia de luta pela verdadeira soberania nacional e por condições dignas de vida para a população.