* Roberto Moraes
Mas, de forma sintética o que é o PPI? É o PPI que determina os preços do diesel e gasolina que passaram a ser adotados a partir de 2016, no mesmo ano do golpe “parlamentar-jurídico-midiático” onde a Petrobras, apesar de ser dona de todo o parque de refino nacional com capacidade de processar 2,1 milhões de barris por dia de óleo cru, pratica um negócio como se fosse uma importadora de derivados de petróleo.
Mas afinal, em que é baseado o PPI?
- Considera inicialmente o preço do combustível no mercado global;
- Acrescem-se a ele os fretes com petroleiros no trajeto do exterior até o Brasil;
- Inclui ainda os custos com a internalização dos combustíveis, como os gastos com tarifas portuárias e alfandegárias e outras;
- Abrange ainda os custos com seguro com os quais precavê contra variações cambiais;
- Contempla ainda, por incrível que pareça, a margem de lucro que teria o importador, embora todo o processo seja efetivado nas refinarias do país.
Pois bem, assim é hoje calculado o preço de venda da gasolina e do diesel pelas refinarias da companhia que está chegando lá nas alturas para os consumidores finais nos postos de abastecimento em todo o país.
Antes, o preço também tinha relação com o preço internacional, mas tinha uma avaliação de longo prazo que fugia das oscilações e das especulações de curto prazo e não incluíam todos esses itens do PPI listados acima.
Porém, a empresa controlada por uma diretoria autoritária e entreguista vem convencendo o STF que é possível esquartejar o boi para vendê-los em pedaços, como se o que estivesse sendo vendido não fosse o animal por inteiro, começando pela carne de primeira, o filé, contrafilé, alcatra, etc. Quem ficará com o osso?
O PPI além das demissões de empregados e desmonte da Petrobras é uma das razões da greve dos petroleiros que hoje envolve mais de 100 bases da empresa, entre plataformas, refinarias, terminais e área administrativas com cerca de 20 mil trabalhadores em greve há 15 dias.