Atendendo aos indicativos da FUP e dos sindicatos, aprovados nas assembléias, os petroleiros estão em estado de greve contra a volta do bônus e por uma proposta de PLR que atenda às principais reivindicações da categoria, sem privilégios para os gerentes e demais cargos comissionados. Nas mobilizações dos dias 06, 07 e 08, os trabalhadores do Sistema Petrobrás responderam que estão preparados para o embate, caso a empresa volte a desrespeitar a categoria, como fez no não passado, quando privilegiou os “amigos do rei” com um abono, dias após o fechamento do acordo de PLR. Além disso, os petroleiros querem uma participação justa, democrática e transparente nos lucros e resultados construídos pela categoria e que tantas riquezas geram para o país.
As mobilizações convocadas pela FUP foram realizadas em todas as bases da Federação e também nas do Sindipetro-RS, com participação dos trabalhadores das áreas operacionais e administrativas de todo o Sistema Petrobrás. Houve atrasos nas trocas de turno e no expediente administrativo, além de operações padrões e cortes nas emissões de PTs. As mobilizações começaram no dia 06, nas plataformas e campos de produção terrestre, e prosseguiram no dia 07, nas refinarias, e no dia 08, nos terminais, usinas de biodiesel, termelétricas e unidades administrativas. Os petroleiros do Rio Grande do Sul atenderam aos indicativos da FUP e somaram-se ao calendário nacional de lutas, com mobilizações na Refap, nos três terminais da Transpetro e na termelétrica Sepé Tiarajú.
A FUP e seus sindicatos continuarão lutando contra o bônus gerencial e por uma contraproposta da Petrobrás que tenha como referência a proposta de PLR futura apresentada pelos petroleiros em 2008. Desde então, a categoria tem cobrado a definição de regras claras, transparentes e democráticas para o provisionamento e distribuição do lucro construído pelos trabalhadores. A Petrobrás tem toda condição de apresentar uma nova proposta de PLR, que avance na linearidade, sem privilegiar gerentes e demais cargos comissionados, em detrimento da maioria dos trabalhadores.
Veja no portal da FUP (www.fup.org.br), a cobertura completa das mobilizações, dia a dia, com fotos. Acompanhe também a FUP no Facebook.
Conselho Deliberativo reúne-se na terça, 12
A reunião do Conselho Deliberativo da FUP, que estava agendada para sábado, dia 09, será realizada na próxima terça-feira, 12, em São Paulo. Os sindicatos e a direção da Federação irão avaliar as mobilizações e discutir novos encaminhamentos em relação à campanha da PLR.
EDITORIAL
A farsa dos divisionistas
Como nas campanhas passadas, os sindicatos dissidentes que integram o agrupamento comandado pelo PSTU/SemLutas continuam à reboque da FUP. Nas mobilizações da PLR, somaram-se às atividades do dia 07, o que, sem dúvida, fortalece a categoria na busca por avanços na negociação. No entanto, em vez de mobilizar os trabalhadores para unificar a luta, os sindicatos dissidentes mais uma vez se utilizam dos indicativos da FUP para pregar a divisão, tentando confundir a categoria.
Sem o menor pudor, os divisionistas se apropriaram das mobilizações convocadas pela FUP e “venderam” para os trabalhadores que o indicativo foi deles. “A paralisação nacional foi convocada pelos sindicatos de petroleiros, Federação Nacional dos Petroleiros e Central Sindical e Popular – Conlutas”, mente na maior cara de pau o Sindipetro-SE/AL, em sua página na internet.
Armações como esta constrangem a categoria e refletem a crise de identidade dos sindicatos dissidentes. As bases fora da FUP, além de isoladas em um agrupamento sectário e sem direção, estão totalmente alheias à estrutura sindical. Alijados pelos divisionistas, estes trabalhadores seguem à margem da organização petroleira, excluídos do processo de representação nacional, que, legitimamente, é exercido pela FUP.
Refiliação à FUP
Os petroleiros do Rio Grande do Sul deram um basta a esta situação e voltaram a ser protagonistas nas campanhas reivindicatórias, respaldados por mais 12 sindicatos e uma organização nacional respeitada e reconhecida. Nos próximos dias (entre 10 e 15 de julho), os trabalhadores participam de assembléias, onde será debatida e posta em votação à refiliação à FUP, CNQ e CUT. A força da nossa categoria está na unidade que construímos através de uma estrutura sindical democrática, onde todas as deliberações são discutidas e decididas coletivamente com os sindicatos. Além isso, o trabalhador sempre será o senhor do seu destino, pois cabe a ele, em toda e qualquer circunstância, a decisão final sobre os indicativos da FUP. É por causa dessa organização unitária, democrática e classista que os petroleiros têm avançado nas conquistas e resistido aos ataques dos gestores da Petrobrás e de governos neoliberais. A retomada da Refap 100% Petrobrás é uma das maiores vitórias da categoria e só foi consolidada em função desta história de luta.
Salário não é o vilão da inflação!
Centrais vão às ruas por ganhos reais
No Dia Nacional de Mobilizações que as centrais sindicais e os movimentos sociais realizaram na quarta-feira, 06, trabalhadores e movimentos sociais coloriram de vermelho as principais capitais do país, cobrando ganhos reais; trabalho decente, sem precarização e sem terceirização; fim do fator previdenciário; redução da jornada de trabalho; reforma agrária; educação pública de qualidade e com valorização dos professores, entre outras reivindicações.
As manifestações da CUT foram realizadas em conjunto com o MST, a Marcha Mundial de Mulheres e a Central de Movimentos Populares, levando às ruas milhares de trabalhadores e reafirmando o poder de mobilização da maior central sindical da América Latina. Uma das reivindicações destacadas pela CUT foi o fim do imposto sindical. A central defende a contribuição negocial, com os trabalhadores tendo o direito de decidir em assembléias como irão contribuir com o seu sindicato.
Eleições no Unificado-SP: FUP apóia a Chapa 1
Os petroleiros do estado de São Paulo participam nos próximos dias de um dos principais processos eleitorais da organização sindical da categoria. A eleição nas bases do Sindipetro Unificado começa na segunda-feira, 11, e prossegue até quinta-feira, 14, envolvendo mais de três mil trabalhadores sindicalizados. A FUP e seus sindicatos apóiam a Chapa 1- Unidade Nacional e convocam os petroleiros e petroleiras de São Paulo a participarem ativamente do processo eleitoral. Eleger companheiros e companheiras comprometidos com a unidade da categoria é fundamental para o fortalecimento da organização sindical petroleira. O sectarismo fragiliza os trabalhadores e, portanto, interessa ao patrão e ao capital. Só com unidade, avançamos nas lutas e conquistas. Diga não à divisão, vote na Chapa 1!
FUP participa de posse da diretoria do Sindipetro-NF
A FUP participou na quinta-feira, 07, da solenidade de posse da diretoria eleita para conduzir as lutas do Sindipetro-NF nos próximos três anos. O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, saudou os novos dirigentes e parabenizou o companheiro José Maria Rangel, reeleito para a coordenação do Sindipetro-NF. A solenidade de posse da nova diretoria também celebrou os 15 anos do sindicato, cuja história de lutas e conquistas fortalece o protagonismo dos petroleiros na construção de um país mais justo e soberano.
Negociação de efetivos garante avanços na Repar. Próxima etapa: Regap
O Sindipetro-PR/SC realiza entre os dias 14 e 19 assembléias setorizadas com os trabalhadores da Repar para avaliar as negociações de efetivos realizadas em conjunto com a FUP, conforme conquista do Acordo Coletivo. Avanços importantes foram consolidados nesta negociação, como o compromisso da Petrobrás em reduzir a polivalência nas áreas operacionais, o que aumentará a especialização do operador, uma reivindicação antiga da FUP e dos sindicatos. Outra conquista foi o reconhecimento por parte da empresa da necessidade de pelo menos um operador sênior em cada área.
Além disso, a negociação garantiu a discussão dos efetivos nas unidades novas da refinaria e nas áreas de SMS, laboratório, manutenção e segurança patrimonial. A FUP e o Sindipetro seguirão na luta por um número de postos de trabalho que garanta a segurança operacional da Repar, com condições dignas de trabalho e saúde para todos os petroleiros. A próxima etapa da negociação de efetivos é na Regap, onde o Sindipetro-MG e a FUP já discutiram um calendário de reuniões com os gestores da refinaria e da Petrobrás.