Em julho de 2018, o custo médio da cesta básica de alimentos capaz de suprir as necessidades de uma única pessoa, no município de Macaé,conforme pesquisado pelo DIEESE em convênio com o Sindipetro NF, foi de R$ 360,86, registrando uma redução de 2,14% em relação ao mês anterior, valendo ressaltar que em junho houve uma redução mensal de 4,85%.
TABELA 1
Gasto, variações mensal e anual e tempo de trabalho necessário
Macaé-RJ – Julhode 2018
Produtos |
Quantidades |
Gasto |
Variação (%) |
Tempo de trabalho |
|||
Julho 2018 |
Junho 2018 |
Mensal |
Em 12 meses |
Julho 2018 |
Junho 2018 |
||
Carne |
6 kg |
114,78 |
114,72 |
0,05 |
2,46 |
26h28m |
26h28m |
Leite |
7,5 l |
34,43 |
31,28 |
10,07 |
24,07 |
7h56m |
7h13m |
Feijão |
4,5 kg |
21,29 |
20,79 |
2,41 |
-15,08 |
4h55m |
4h47m |
Arroz |
3 kg |
9,51 |
9,84 |
-3,35 |
-7,04 |
2h11m |
2h16m |
Farinha |
1,5 kg |
5,07 |
4,55 |
11,43 |
15,75 |
1h10m |
1h03m |
Batata |
6 kg |
13,38 |
14,88 |
-10,08 |
18,62 |
3h05m |
3h26m |
Tomate |
9 kg |
23,22 |
27,36 |
-15,13 |
-44,75 |
5h21m |
6h19m |
Pão |
6 kg |
54,24 |
61,50 |
-11,80 |
-1,09 |
12h31m |
14h11m |
Café |
600 g |
13,95 |
13,25 |
5,28 |
-4,84 |
3h13m |
3h04m |
Banana |
7,5 dz |
28,05 |
29,78 |
-5,81 |
-13,02 |
6h28m |
6h52m |
Açúcar |
3 kg |
8,25 |
8,73 |
-5,50 |
-19,35 |
1h54m |
2h01m |
Óleo |
900 ml |
4,03 |
4,08 |
-1,23 |
0,25 |
0h56m |
0h56m |
Manteiga |
750 g |
30,66 |
28,01 |
9,46 |
-3,62 |
7h04m |
6h28m |
Total |
|
360,86 |
368,77 |
-2,14 |
-5,18 |
83h13m |
85h02m |
Fonte: Pesquisa Nacional da Cesta Básica DIEESE
Na comparação mensal, entre Julho e Junho de 2018, sete dos treze produtos pesquisados apresentaram queda nos preços médios.As maiores variações negativas foram registradas no preço do tomate(-15,13%), do pão(-11,80%), da batata (-10,08), da banana (-5,81%),e açúcar(-5,50%).Arroz (-3,35%) e óleo (-1,23%) apresentaram redução de menos de 5%.Por outro lado, as variações positivas registradas no mês de julho também apresentaram resultados bem expressivos em alguns produtos específicos. Merecem destaque a farinha (11,43%), o leite (10,07%), a manteiga (9,46%) e o café (5,28%).
A grande redução nos preços do tomate e da banana se deveuem grande parte ao aumento da temperatura na entressafra de inverno, que elevou a oferta desses produtos reduzindo os preços. O aumento do preço do leite foi consequência da extensão do período da entressafra no Sudeste e Centro-Oeste do país e do atraso nas pastagens de inverno no Sul, que provocaram uma baixa oferta do produto. No caso da farinha, a elevação se deveu em grande parte ao maior valor do dólar em frente ao realque encareceu o trigo importado. O clima adverso no sul do Brasil a as possíveis reduções na produção e produtividade do grão também impactaram no preço da farinha comercializada no varejo.
No acumulado em doze meses, o preço médio da cesta básica macaense registrou queda de 5,18%.Dentre os itens queapresentaram redução dos preços médios, destacaram-se otomate (-44,75%), o açúcar (-19,32%), o feijão (-15,08%) e a banana (-13,02%). Dentre os produtos que apresentaram crescimento nos preços em relação a julho de 2017, merece destaque o leite (24,07%), a batata (18,62%) e a farinha (15,75%).
Em julhode 2018, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica para o trabalhador que reside em Macaéfoi de 83horas e 13minutos. O valor gasto com essa cesta representou41% do salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social.O custo da cesta básica de Macaé representou 85,5% do valor apurado no município do Rio de Janeiro (R$ 421,89) no mês de julho.
Olhando para o panorama nacional, o custo da cesta básica diminui em 19 das capitais em que o DIEESE realiza a pesquisa no mês de julho. As reduções mais expressivas foram registradas em Cuiabá (-8,67%), São Luís (-6,14%), Brasília (-5,49%), Belém (-5,38%), Rio de Janeiro (-5,32) e Curitiba (-5,12). A alta foi registrada em Goiânia (0,16%).
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 437,42), seguida de Porto Alegre (R$ 435,02), Rio de Janeiro (R$ 421,89). Os menores valores foram observados em Salvador (R$ 321,62), São Luís(R$ 336,67) e Natal (R$ 341,09).
Em 12 meses, entre julho de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em todas as cidades, com destaque para as taxas de Salvador (-9,98%), São Luís (-8,41%) e Belém (-7,09%). Nos primeiros sete meses de 2018, a única capital com taxa acumulada negativa no valor da cesta foi Florianópolis (-0,80); as demais mostraram aumento acumulado, com variações entre 0,46%, em Belo Horizonte, e 5,51%, em Vitória.
Com base na cesta mais cara, que em julho foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas de veria equivaler a R$ 3.74,77, ou 3,85 vezes o salário mínimo nacional de R$ 954,00.