Em junho de 2016, o custo médio da cesta básica de alimentos capaz de suprir as necessidades de uma única pessoa, no município de Macaé,conforme pesquisado pelo DIEESE em convênio com o Sindipetro NF, foi de R$397,22,registrando uma alta de 4,70% em relação ao mês anterior.
Tabela 1 – Gasto e variação mensal dos produtos da Cesta Básica Macaé – Junho de 2016 |
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Produtos |
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Quantidades |
|
Gasto mensal (R$) |
|
Variação (%) |
|
Tempo de Trabalho |
|||
Maio |
Junho |
Mensal |
No ano |
Maio |
Junho |
||||||
|
|
2016 |
2016 |
|
|
2016 |
2016 |
||||
Carne |
6,0 kg |
117,12 |
114,18 |
-2,51 |
-0,26 |
29h17m |
28h33m |
||||
Leite |
7,5 l |
26,18 |
29,25 |
11,73 |
17,80 |
6h33m |
7h19m |
||||
Feijão |
4,5 kg |
21,24 |
28,76 |
35,40 |
65,95 |
5h19m |
7h11m |
||||
Arroz |
3,0 kg |
9,75 |
9,42 |
-3,38 |
4,32 |
2h26m |
2h22m |
||||
Farinha |
1,5 kg |
4,47 |
4,62 |
3,36 |
0,22 |
1h07m |
1h09m |
||||
Batata |
6,0 kg |
26,28 |
40,02 |
52,28 |
96,18 |
6h34m |
10h01m |
||||
Tomate |
9,0 kg |
37,35 |
31,05 |
-16,87 |
-24,67 |
9h20m |
7h46m |
||||
Pão |
6,0 kg |
55,38 |
56,16 |
1,41 |
7,96 |
13h51m |
14h02m |
||||
Café |
600 g |
10,82 |
10,85 |
0,28 |
4,93 |
2h43m |
2h43m |
||||
Banana |
7,5 dz |
35,93 |
37,28 |
3,76 |
28,42 |
8h59m |
9h19m |
||||
Açúcar |
3,0 kg |
9,81 |
9,66 |
-1,53 |
19,70 |
2h27m |
2h25m |
||||
Óleo |
900 ml |
4,16 |
4,02 |
-3,37 |
11,98 |
1h02m |
1h01m |
||||
Manteiga |
750 g |
20,89 |
21,95 |
5,07 |
14,92 |
|
5h13m |
5h29m |
|||
Total |
|
|
|
379,38 |
397,22 |
|
4,70 |
12,19 |
|
94h51m |
99h19m |
Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos
Fonte: DIEESE
Na comparação mensal, entre maio e junho de 2016, oito dos treze produtos apresentaram aumento alta em seus preços médios, com destaque para o aumento d abatata, com variação de 52,28%,logo seguido pelo aumento do feijão(+35,40%) e do leite (+11,73%). Completam os itens com aumentos nos preços a manteiga(+5,07%), a banana(3,76%), a farinha de trigo(+3,36%), o pão francês(+1,41%) e o café(+0,28%). Cinco produtos apresentaram reduções em seus preços médios, liderados pelo tomate, cuja queda foi de -16,87%. Destacamos também a queda do preço da carne(-2,51%), cujo peso no valor total da cesta foi relevante para compensar parte dos aumentos de preços.
No acumulado dosseis primeiros meses de 2016, a cesta apresentou aumento alta de 12,19%. Neste período, destacaram-se os aumentos da batata (+96,18%), feijão (+65,95%)e da banana (+28,42%). Somente o tomate (-24,67%) e a carne (-0,26%) apresentaram queda acumulada de preços no período.
Comparado aos preços registrados no município do Rio de Janeiro, o custo da cesta básica de Macaé representou 90,41% do valor registrado na capital (R$ 439,33) no mês de junho de 2016. Por sua vez, o trabalhador que reside em Macaé, com rendimento equivalente a um salário mínimo nacional (atualmente de R$ 880,00), necessitou cumprir uma jornada de 99 horas e 19 minutos para adquirir os itens alimentícios que compõem uma cesta básica individual. O valor gasto com essa cesta representou, em junho de 2016, 49,06% do salário mínimo líquido (R$ 809,60), ou seja, após os descontos da Previdência Social.
A partir de janeiro de 2016, o DIEESE passou a divulgar o levantamento do preço da cesta básica nas 27 capitais brasileiras. São Paulo apresentou a cesta mais cara em junho de 2016, com o valor médio de R$ 469,02, seguida por Porto Alegre (R$ 465,03),Florianópolis(R$ 463,24), Brasília (R$ 448,40) e Rio de Janeiro (R$ 439,33).Vinte e seis capitais apresentaram variações positivas na comparação entre maio e junho de 2016, com destaques para aumentos em Florianópolis (+10,13%), Goiânia (+9,40), Aracaju (+9,25%), Porto Velho (+8,15%) e Rio Branco (+7,03%). Somente Manaus apresentou queda no valor total da cesta (-0,54%).
Com base na cesta básica de alimentos mais cara dentre as cidades pesquisadas, que em março junho foi verificada em São Paulo, o DIEESE também estima o valor do Salário Mínimo Necessário, ou seja, a quantia que supre as despesas de uma família composta de quatro membros (considerando dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme estabelece a Constituição Federal. Em junho, o Salário Mínimo Necessário foi estimado no valor de R$ 3.940,24(4,48 vezes o mínimo vigente de R$ 880,00).