Pressão e mobilização!

Pressão na negociação, ações políticas, mobilização constante nas bases e uma grande paralisação nacional dia 03 de setembro, com todos os trabalhadores em estado de greve, inclusive os terceirizados. Estes são os próximos passos que o Conselho Deliberativo da FUP apontou para arrancar da Petrobrás uma proposta que atenda as reivindicações da categoria. A Federação já enviou documento à empresa cobrando a retomada da negociação até quinta-feira, 26. Durante as assembléias, que terão início nesta segunda-feira, 20, para os trabalhadores se posicionarem sobre o calendário de luta, os sindicatos iniciarão um abaixo assinado em todas as unidades, mobilizando trabalhadores próprios e terceirizados contra o discriminatório abono pago pela Petrobrás às funções gratificadas. 

O abaixo assinado será um importante instrumento de pressão e mobilização na campanha salarial, já que os trabalhadores manifestarão sua indignação e repúdio à imoral discriminação feita pelos gestores da empresa em plena campanha salarial, na tentativa de dividir, mais uma vez, a categoria. Outro encaminhamento feito pelos sindicatos no Conselho Deliberativo da FUP é a realização de mobilizações que denunciem a falta de segurança nas unidades do Sistema Petrobrás, como operações padrões e suspensões de PTs. Estas ações sindicais devem unificar na luta trabalhadores próprios e terceirizados, envolvendo, também sindicatos da construção civil e de outras categorias. Não podemos esquecer que a Petrobrás até agora continua sem garantir nos contratos de prestação de serviço uma proteção aos trabalhadores contra os calotes e ataques de direitos. Só com unidade e mobilização, faremos a empresa resolver esta pendência, que, assim como o SMS, envolve disposição política.
 
Indicativo para as assembléias
– Estado de greve
– Paralisação de 8 horas dia 03/09
– Mobilizações nos dias de negociação
– Operações-padrão por segurança
– Abaixo-assinado contra abono discriminatório
 
 
Interdição da P-33 reforça importância da luta por segurança
 
As mobilizações e denúncias dos petroleiros da Bacia de Campos sobre as péssimas condições de segurança das plataformas da Petrobrás repercutiram nacionalmente e levaram a ANP a interditar a P-33. A decisão histórica e singular na indústria nacional de petróleo, além de servir de alerta e pressão para que as empresas do setor priorizem a segurança e zelem pela vida de seus trabalhadores, reafirma o poder de mobilização dos petroleiros.
Há décadas, a categoria denuncia a situação precária de segurança nas unidades da Petrobrás e nas empresas privadas. Na sexta-feira, 20, uma explosão gravíssima na Repar poderia ter matado dezenas de trabalhadores, que, por sorte, escaparam com vida (veja matéria no verso). Sorte que não tiveram os 283 trabalhadores mortos em outros acidentes na empresa nos últimos 15 anos. A maioria deles eram terceirizados: 228!
Estamos, portanto, lutando por preservação de vidas e por um ambiente de trabalho sem riscos. Uma luta que deve ser priorizada pela categoria e unificar trabalhadores próprios e terceirizados na busca incessante por segurança. É uma briga árdua e constante, que passa, necessariamente, por mudanças profundas e estruturais na gestão de SMS da Petrobrás e na forma como a empresa lida com a terceirização.
Esta foi uma das questões discutidas pelo Conselho Deliberativo da FUP, que integrou ao calendário de lutas da campanha salarial a continuidade das mobilizações por segurança e a intensificação de ações sindicais que denunciem os riscos que os trabalhadores correm diariamente. Sem pressão e sem luta, os gestores da Petrobrás continuarão permitindo a matança e mutilação de trabalhadores, da mesma forma que se negam a proteger os terceirizados contra os calotes das prestadoras de serviço. Só com unidade e mobilização, os trabalhadores conseguirão alterar esta realidade, como vêm fazendo os companheiros da Bacia de Campos.
 

Quem luta conquista! Transpetro  assina adesão ao Plano Petros-2

Os trabalhadores da PetrobrásTransporte terão, finalmente, a oportunidade de aderirem ao Plano Petros-2, assegurando, assim, as garantias de um plano essencialmente previdenciário, com benefício mínimo e benefícios de risco, em caso de doença, invalidez e morte. A diretoria da subsidiária assina nesta segunda-feira, 23, a adesão ao PP-2, em cerimônia, às 14horas, com presença da FUP e sindicatos. O Plano Petros-2 será ofertado aos trabalhadores da Transpetro assim que passar pelos trâmites legais de aprovação junto aos órgãos do governo federal: Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest). 

Essa é uma vitória da categoria, após anos de luta da FUP para garantir a todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás um modelo seguro de previdência complementar. O Plano Transpetro era considerado um dos piores planos de Contribuição Definida do mercado. A FUP sempre denunciou os riscos que os trabalhadores corriam e, desde que iniciou a negociação com a Petros e a Petrobrás sobre a criação e implantação do Plano Petros-2, vem lutando para que o mesmo modelo de previdência complementar seja implantado na Transpetro. 
 
 
Explosão na Repar por sorte não termina em mortes
 
Uma explosão na Repar (Paraná) deixou em pânico os trabalhadores. O grave acidente ocorreu sexta-feira (20) pela manhã, quando um duto de exaustão para a chaminé de uma das caldeiras explodiu. Por pura sorte não houve vítimas e feridos. A Repar estava em fase de testes para pré-partida, pois toda a refinaria está parada para manutenção e interligação com as novas unidades, já que passa por obras de expansão de sua capacidade de produção. As atividades de manutenção e a ampliação da Repar envolvem cerca de 24 mil trabalhadores, dos quais, cinco mil diretamente envolvidos com a parada das unidades.
A explosão ocorreu em um momento crítico, pois é justamente durante as paradas e partidas que os riscos se ampliam. Este acidente grave, que poderia ter causado mortes e mutilações de trabalhadores, é mais uma evidência da falência da política de SMS da Petrobrás. Acidente semelhante aconteceu recentemente na Rlam, na Bahia, mas os gestores da empresa insistem em não aprender com os fatos, tampouco com as mortes de trabalhadores. Os que escapam com vida de acidentes como o da Repar e da Rlam se perguntam até quando ficarão reféns da sorte.
 
Conquistas da repactuação do Plano Petros: homologação do BPO pode ocorrer ainda em agosto
 
Falta pouco para que a Petrobrás ofereça o Benefício Proporcional Opcional (BPO) aos participantes do Plano Petros que repactuaram. A alteração no Regulamento do Plano, que cria o BPO, já foi aprovada pelo Dest e teve parecer favorável da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). As gestões políticas da FUP foram fundamentais na agilização destes trâmites. No último dia 12, o parecer favorável da Previc foi referendado pelo Conselho Deliberativo da Petros, apesar dos votos negativos dos conselheiros eleitos, que, mais uma vez, foram contra os interesses da categoria.
O BPO aguarda agora a homologação da Previc, cuja previsão é de que ocorra ainda em agosto. A partir de então, a Petrobrás já poderá oferecer o Benefício a partir do primeiro dia útil do mês subseqüente à homologação. O BPO é aguardado, ansiosamente, por pelo menos 15 mil participantes do Plano Petros, principalmente, os que ingressaram no plano após 1982 e recebem salários superiores ao teto do INSS. Portanto, o BPO é uma conquista importante e mais um benefício da repactuação do Plano Petros, que em breve será usufruído pelos participantes, apesar das ações levianas e irresponsáveis dos divisionistas, inclusive os conselheiros eleitos, que deveriam representar os interesses da maioria dos trabalhadores, mas que estão sempre na contramão da categoria.