Pressionar a empresa utilizando ferramentas legais é proposta de Zé Maria Rangel

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A precarização do trabalho na área de operação e manutenção na Bacia de Campos foi tema do último painel do Seminário P-36: Uma história de luta pela vida. Participaram da mesa, os diretores do NF, Francisco Tojeiro e José Maria Rangel, com moderação de Thiago Magnus.

Segundo Tojeiro, a Petrobrás vem tendo um comportamento dramático de enxugamento do efetivo, que leva a sobrecarga de trabalho e aos adoecimentos dos trabalhadores. Tudo isso aliado ao fato dos gerentes não assumirem responsabilidades e da a falta de autonomia que os trabalhadores tem para desenvolver qualquer trabalho a bordo.

Como solução, Tojeiro aponta a necessidade dos trabalhadores de se aproximar dos sindicatos e denunciar todos os problemas que estão acontecendo nas unidades para a direção sindical.

“A realidade do setor petróleo no mundo é de ser uma fábrica de matar pessoas. A diretoria do Sindipetro-NF e o movimento sindical tenta minimizar esses efeitos. Nossa ação por menor que seja, já evitou muitas mortes. Agora me preocupo com o futuro da empresa, fruto do que ela representa para o país. Na crise de 2008, a Petrobrás foi o grande suporte para o Brasil” – disse o Coordenador do NF, José Maria Rangel.

Na Bacia, os trabalhos estão sendo desenvolvidos sem planejamento. Zé Maria exemplificou o fato com a implantação das Unidades de Manutenção e Segurança que são colocadas ao lado das plataformas para fazer uma serviço num determinado prazo, mas muitas vezes o serviço não acontece porque o material não foi comprado pela burocratização da empresa. Acaba que a UMS é deslocada para outra unidade sem realizar o serviço.

O Coordenador do Sindicato, afirmou que os trabalhadores da Bacia de Campos estão desmotivados, primeiro porque as atibuições estão confusas, tentam a todo instante implantar a função de operador mantenedor. Afirmou que o agravamento dessa situação veio com a implantação do PROEF, ao dar vantagens e incentivos para trabalhadores de fora virem atuar na região, enquanto os petroleiros da Bacia não estão recebendo nada. Zé Maria propõe aos trabalhadores utilizarem as ferramentas da legalidade para forçar a empresa a mudar sua postura de exploração.