Primeira Mão 1002: Reconstrução da unidade nacional marcou abertura do XV CONFUP

Com a presença de cerca de 400 trabalhadores, entre delegados, observadores e assessores, o XV Confup segue até domingo, em Manaus, reafirmando a importância da reconstrução da unidade nacional dos petroleiros. Na cerimônia de abertura, realizada quarta-feira, 03, os delegados e convidados ressaltaram o protagonismo da FUP nas lutas em defesa da soberania e nas disputas capital x trabalho. O coordenador do Sindipetro-AM, Acácio Viana, saudou os congressistas, ressaltando a importância da realização de um congresso nacional de trabalhadores na região Norte do país, fato inédito e que, particularmente para os petroleiros, tem uma relevância maior, já que o sindicato completa em outubro 50 anos de existência.

O presidente nacional da Ubes, Yan Ivanovich, lembrou que a participação dos estudantes na defesa do petróleo brasileiro é histórica, desde a campanha “O petróleo é nosso”, e destacou que a aliança com a FUP tem sido fundamental na luta dos movimentos sociais para que as riquezas geradas pelo pré-sal sejam utilizadas em prol do povo brasileiro. O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, ressaltou a importância da reconstrução da unidade nacional, saudando o retorno do Sindipetro-RS, a fundação do Sindipetro Maranhão e a decisão dos petroleiros do RJ de refiliação do sindicato à Federação. “A unidade se constrói pela base. As conquistas da classe trabalhadora, bem como as transformações políticas e sociais, só ocorrem com organização e luta”, destacou.
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Ato na Reman fortalece luta por uma PLR democrática e sem privilégios

Nova mobilização dia 10, no Rio

As delegações de petroleiros presentes ao XV Confup participaram nesta sexta-feira, 05, de um ato político em frente à Refinaria de Manaus (Reman), onde reafirmaram a deliberação da categoria nas assembléias de que com surbônus, não tem acordo. A manifestação contou com a adesão dos trabalhadores próprios e terceirizados da refinaria, que atrasaram o expediente por duas horas, fortalecendo a mobilização nacional da categoria por uma PLR democrática e sem privilégios. Os petroleiros também reivindicaram uma política de SMS que proteja de fato a vida dos trabalhadores, a solução dos problemas da AMS e uma definição da Petrobrás em relação às PLRs futuras. 

Em defesa da Reman e dos investimentos estratégicos da Petrobrás

Outro ponto que marcou o ato na Reman foi a cobrança dos investimentos da Petrobrás para adaptar o parque de refino às exigências da nova legislação ambiental. A refinaria corre o risco de fechar, se a estatal continuar adiando o as obras de modernização da unidade. Recentemente, a Petrobrás anunciou que fará cortes de US$ 13,6 bilhões nos investimentos previstos em seu planejamento estratégico. A FUP e seus sindicatos cobrarão do governo que não haja “desinvestimento” da estatal em setores que tenham relevância social e econômica, como é o caso da Reman.  

Novas mobilizações e gestões junto ao governo

As mobilizações por uma PLR sem privilégios prosseguem ao longo desta semana, com protestos e atrasos em todas as bases da FUP. Na quarta-feira, 10, haverá um ato nacional, no Rio de Janeiro, com participação de caravanas de petroleiros de vários estados do país, onde, mais uma vez, a categoria cobrará uma PLR sem privilégios. Paralelamente, a FUP estará fazendo contatos com os interlocutores da presidenta Dilma Rousseff para cobrar do governo federal um posicionamento em relação às reivindicações dos trabalhadores.

Conselho Deliberativo – os encaminhamentos em relação à PLR foram mais uma vez decididos em comum acordo com todos os sindicatos no Conselho Deliberativo da FUP, que reuniu-se nos dias 02 e 03, em Manaus, antes do início do XV Confup. Na próxima quinta-feira, 11, haverá uma nova reunião do Conselho para definir os próximos passos.

XV Confup aprovará pautas de reivindicações e elegerá nova diretoria da FUP

O XV Congresso Nacional da FUP segue até domingo, 07, em Manaus, debatendo e deliberando sobre questões que estão na agenda da categoria, como segurança, terceirização, AMS, PCAC, previdência e outros pontos que dizem respeito às campanhas reivindicatórias dos trabalhadores do Sistema Petrobrás e das empresas privadas. Além disso, os delegados estão discutindo conjunturas política e econômica, bem como as bandeiras de lutas da categoria no setor petróleo. 
Painéis debatem terceirização, efetivos e previdência
Na quinta-feira, 04, pela manhã, técnicos do Dieese, da Fundacentro e da Anapar contribuíram para os debates, subsidiando os trabalhadores com informações e análises relacionadas à terceirização, campanhas salariais, efetivos e previdência complementar. Os painéis realizados em plenário antecederam os trabalhos em grupo.  O economista e técnico do Dieese, Adhemar Mineiro, fez uma análise da Conjuntura Internacional e Nacional, enfatizando os impactos do agravamento da crise econômica mundial nas campanhas reivindicatórias. O diretor da FUP, Ubiraney Porto, e a pesquisadora da Fundacentro, Dra. Leda Leal, abordaram terceirização e efetivos, bem como seus reflexos no ambiente de trabalho. Cláudia Ricaldoni, da Associação Nacional de Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar), falou sobre previdência complementar.
Integração latino-americana
Na parte da tarde, os petroleiros elegeram a tese guia que está norteando as discussões nos grupos de trabalho, bem como todas as deliberações co Congresso. Também na quinta-feira, 04, as delegações estrangeiras presentes ao XV Confup fizeram suas intervenções no plenário, ressaltando a necessidade de maior integração entre os trabalhadores do setor petróleo em toda a América Latina. Estão presentes ao Congresso o presidente da Federação Nacional dos Petroleiros do Peru (Fenupetrol), Moises Uchoa, o presidente do Sindicato dos Petroleiros da Petrobrás Bolívia, Heizel Israel Ruiz, e o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Ministério de Minas e Energia da Venezuela, Tony Leon.
Eleição da nova diretoria da FUP
Os debates seguem ao longo desta sexta-feira, 05, nos grupos de trabalho. A plenária final, onde os delegados votam as resoluções dos grupos, será realizada na tarde de sábado, 06/08. Pela manhã, haverá painéis, com participação de novos palestrantes, cujos temas serão: “Responsabilidade social e sindicalismo” e “Militância sindical nas mídias sociais”. No domingo, 07, último dia do Congresso, os petroleiros elegem a nova diretoria da FUP para o período 2011-2014.

A mesa de abertura do XV Confup contou com a participação do coordenador do Sindipetro-AM, Acácio Viana; do coordenador da FUP, João Antônio de Moraes; do presidente da CUT-AM, Waldemir Santana; do diretor da FUP e membro da Executiva Nacional da CTB, Divanilton Pereira; do diretor da CNQ, Cairo Correa; do presidente regional da Federação Internacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Minas, Química e Energia (ICEM), Sérgio Novaes; do presidente nacional da UBES, Yan Ivanovich; do coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia, Francisco Océlio Muniz; da supervisora do Dieese/AM, Alessandra Cadamuros; o representante do Instituto Paulo Freire, Alexandre Munck; o senador e presidente do PT/AM, João Pedro; o presidente do PCdoB/AM, Edilon Queiroz; e o diretor de Administração da Petros, Newton Carneiro.

FUP discute com a Petrobrás regras para eleger representante dos trabalhadores no Conselho de Administração

A FUP participou na última segunda-feira, 01, de reunião com a Gerência de RH da Petrobrás para discutir o processo eleitoral para escolha dos representantes dos trabalhadores (titular e suplente) no Conselho de Administração da empresa. A proposta da Petrobrás é de que a Comissão Eleitoral seja paritária, formada por 12 eleitores, metade dos integrantes representantes da empresa e outra metade, representantes dos sindicatos de petroleiros e marítimos. A FUP ressaltou que, por reunir em suas bases a maior parte dos trabalhadores da empresa, seus sindicatos devem ter representatividade equivalente na Comissão Eleitoral.
Outro ponto tratado foi a forma como se dará a eleição. A votação será eletrônica, através da rede intranet. O mandato dos representantes dos trabalhadores (titular e suplente) será de um ano e não de quatro, como cobrou a FUP nas primeiras reuniões com a Petrobrás para tratar desta questão.
Uma nova reunião da FUP com o RH será realizada na próxima terça-feira, 09, para dar andamento a este debate. As regras do processo eleitoral para o CA serão submetidas aos acionistas da Petrobrás no dia 23 de agosto, quando será realizada uma Assembléia Geral Extraordinária para tratar desta questão.