Foi notícia neste final de semana, em vários veículos da imprensa nacional, que a Petrobrás está sendo acusada de divulgar propaganda enganosa sobre o preço da gasolina. Na sexta-feira (10/09), a procuradoria geral de 12 estados brasileiros e do Distrito Federal entrou com uma ação civil pública pedindo a retirada imediata da publicidade no site e nas redes sociais da estatal, além da divulgação de novos conteúdos esclarecendo ao consumidor como, efetivamente, se dá a formação dos preços dos combustíveis. (https://noticias.r7.com/brasilia/df-e-estados-processam-petrobras-por-propaganda-enganosa-11092021)
Com a gasolina a R$ 7 em alguns estados, a companhia vem divulgando um vídeo explicativo com a mensagem “Você sabia que hoje a Petrobras recebe em média R$ 2 a cada litro de gasolina que você utiliza?”, junto com informações sobre a composição do valor cobrado na bomba dos postos. A ação considera que a propaganda omite dados relevantes para a compreensão do consumidor.
Uma das informações que o vídeo não faz menção é sobre o PPI (Preço de Paridade de Importação), que é, na verdade, o grande responsável pela alta dos preços dos combustíveis no Brasil, uma vez que os impostos não aumentaram desde 2015. Essa política de precificação foi adotada pelo governo federal em 2016 e imposta à Petrobrás.
Criada a partir da campanha “O Petróleo é Nosso”, a Petrobrás investiu décadas na formação de seus profissionais, em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia, superando gigantescos desafios para buscar o que todo país desse planeta almeja: a autossuficiência na produção de petróleo e derivados, alcançada aqui em 2006.
Por que a autossuficiência é importante? Para não termos que importar petróleo e derivados. Por que importar é ruim? Porque os preços oscilam muito, são imprevisíveis e dolarizados, afetando a economia dos países importadores. Em nossa história sofremos muito com as “as crises do petróleo” e, mesmo sendo hoje produtores, enfrentamos, devido ao PPI, uma inflação crescente, influenciada pela energia e combustíveis, já que nosso modal de transporte é rodoviário.
Quem são os beneficiários dessa política de preços? A quem deve servir uma empresa estatal?
Fonte: Ascom Rosangela Buzanelli