Após receber todas as atas das Cipas realizadas em 2018, a diretoria do Sindipetro-NF realizou um levantamento dos principais problemas de segurança identificados nas plataformas e nas bases terrestres.
Entre as principais irregularidades está a precarização do trabalho, que obriga trabalhadores a atuar com equipes com número reduzido, acúmulo de função e sujeitos a assedio moral. Há também denúncia de terceirizados com salários baixos, condições precárias de trabalho e sem plano de saúde.
Além disso, regras de segurança estão sendo burladas, com trabalhadores sem equipamento de proteção, sem o treinamento necessário e sem análise de Permissão para Trabalho. Além do descumprimento da NR-35 (Trabalho em Altura) e da NR-17 (Ergonomia).
Os trabalhadores também denunciaram problemas na gestão de materiais, equipamentos e nas instalações.
“Segundo a categoria, para a empresa a produção está acima da segurança. Isso é percebido através de diversos fatores. Entre eles: quando o trabalho é realizado sem análise de Permissão para Trabalho (PT) ou Operadores de Produção sendo responsabilizados pela liberação de PTs em guindastes e equipamento de salvatagem. As atas também trazem denúncias da falta de Equipamentos de Proteção Individual como luvas e cinto de segurança, por exemplo. Foi registrada também a instalação provisória de equipamentos terceirizados por tempo demasiado e sem solução, aumentando o risco de acidentes no local”, destaca o diretor Alexandre .
Todas as demandas foram repassadas a Petrobrás e serão acompanhadas pelo sindicato.
Durante todo o ano, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense participa das reuniões de CIPA, com o intuito de identificar as demandas, das plataformas e nas bases terrestres, que possam gerar algum tipo de insegurança para os trabalhadores e trabalhadoras.
O Sindicato também foi atuante na criação da NR-37, que trata de Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo e reforça a importância das Cipas. Os trabalhadores e trabalhadoras devem aproveitar esse momento para fazerem seus denúncias ([email protected]) e cobrarem ações para reforçar a importância da segurança.