Programa NF ao vivo encerra “novembro azul” com chamado à prevenção ao câncer de próstata

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A prevenção ao câncer de próstata foi o tema do programa NF ao vivo de ontem, 30, no último dia do mês dedicado ao tema pelas instituições, áreas de governo e entidades que se dedicam à saúde do homem. Os preconceitos, os tabus, as resistências dos homens à procura pelos exames preventivos foram tratados na conversa, assim como a redução, nos últimos anos, das políticas públicas na área.

Para a psicóloga Flávia Bonfim, um dos principais fatores que levam os homens a negligenciarem a procura ao atendimento médico é a continuação de uma “ideia de que fazer os exames necessários fere a masculinidade”.

“A masculinidade pautada na ideia de força, de não se mostrar frágil, e a toda uma questão que o homem está ligado à produção de riquezas e a mulher à reprodução e a dimensão do cuidado. Então, o homem quase que desaprende a cuidar de si e dos outros por essa lógica onde ele tem que sustentar esse ideal de virilidade”, explica.

Outra face deste universo imaginário masculino, ainda hegemônico, também foi lembrado pela psicóloga: “há uma ideia de que ser penetrado não é ser homem. Há uma fantasia de que o médico, ao realizar esse exame, de que o homem estaria sendo penetrado. Só que isso é uma fantasia, A gente está falando de procedimentos médicos. A gente não está falando de relações [sexuais]”.

A profissional advertiu que “toda essa visão do preconceito, do machismo, dessa visão sobre a masculinidade, mata”. No caso do câncer de próstata, o maior inimigo é o fato de que, ao resistir ao exame, o homem reduz progressivamente a chence de cura, que é muito alta nos casos diagnosticados precocemente.

“Quando diagnosticado, o câncer de próstata tem de 85% a 90% de chance de cura, mas é algo silencioso. Então o homem não vai ter sinais para procurar [tratamento]. Quanto ele começar a ter sinais, esse câncer já está avançado. Então, o que a gente tem é a prevenção”, orienta Bonfim.

O programa desta semana também contou com as participações dos dirigentes sindicais das áreas de saúde da FUP, Raimundo Teles, e da CNQ, Antônio Carlos Bahia, na conversa moderada pela jornalista Luciana Fonseca e pelo diretor do Sindipetro-NF, Guilherme Cordeiro.

Confira a íntegra do programa