Protesto hoje dos petroleiros no Heliporto do Farol de São Thomé provocou as transferências de 37 voos para a Bacia de Campos, impactando aproximadamente 800 trabalhadores — 400 que embarcariam e 400 que desembarcariam. No início da manhã, um trancaço foi realizado no portão da base aérea por três horas. Depois, os diretores do Sindipetro-NF continuaram no local e convenceram os trabalhadores a não embarcarem, formando uma barreira humana que durou todo o dia.
O sindicato avalia que a manifestação foi vitoriosa no trabalho de conscientização sobre o grave momento pelo qual passa o País e a Petrobrás. A entidade agradece a compreensão dos petroleiros que deixaram de desembarcar hoje, mas entendem que é preciso promover reações cada vez mais intensas em relação aos ataques do governo contra os direitos dos trabalhadores e a soberania nacional.
De acordo com os diretores sindicais que participaram do protesto no heliporto, houve grande adesão dos trabalhadores ao protesto, que mesmo passando pelo incômodo de ter o voo transferido apoiaram a manifestação e se mantiveram unidos após a abertura do portão.
Os trabalhadores também tiveram que enfrentar a intransigência da Polícia Militar, que sem ter ordem judicial tentou interferir em um movimento legítimo que acontecia dentro de um ambiente de trabalho.
A Operação Para Pedro continua em todas as bases da empresa na região, como aprovado em assembleias realizadas pela categoria desde a semana passada. Após rejeitar a mais recente contraproposta da Petrobrás, os petroleiros também aprovaram o estabelecimento de Estado de Greve e de Assembleia Permanente.
Nesta tarde, diretores da FUP (Federação Única dos Petroleiros) estão reunidos com representantes da Petrobrás para dar continuidade às negociações da Campanha Reivindicatória (acompanhe aqui).
[Polícia Militar tentou impedir o protesto legítimo dos trabalhadores, mas categoria resistiu – Foto: Elisângela Martins]
[Atualizado às 11:25 de 30/09/16]